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Pressionado, Bolsonaro estimula manifestações: “são bem vindas”

Por 2 anos atrás

Dois dias após a eleição do segundo turno realizada no último domingo (30/11) e após um longo silêncio, o presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu fazer um pronunciamento e chamou a imprensa ao Palácio da Alvorada, nesta terça-feira (01º/11). Leia o discurso na íntegra ao final do texto.

Com quase uma hora e quarenta minutos de espera, Bolsonaro apareceu. Ele citou os movimentos de apoio ao seu governo que estão fechando rodovias e os chamou de “populares”. Muitos deles, “frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”, acentuou.

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Por outro lado, disse que os mecanismos dos atos não podem ser igualados aos “da esquerda”. “Que sempre prejudicaram a população como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, pontuou.

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Bolsonaro exaltou a força da direita, que cresceu tanto no parlamento brasileiro como nos governos estaduais. “Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos toda a pandemia e as consequências de uma guerra”, destacou.

Assista na íntegra:

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Bolsonaro se reuniu mais cedo com representantes da Marinha e da Aeronáutica. No momento em que jornalistas o aguardam, ele também esteve reunido com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas).

Apesar de não ter reconhecido a derrota, Bolsonaro disse que sempre joga “dentro das quatro linhas da Constituição”.

“Sempre fui rotulado como antidemocrático e ao contrário dos meus acusadores sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em censurar mídia e redes sociais. Enquanto presidente da República, continuei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, salientou.

Um dos maiores incentivadores para que Bolsonaro falasse à imprensa, foi o governador eleito de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos). Ex-ministro e homem da confiança do presidente, Freitas disse ontem (31) em entrevista a Rede Globo que não tinha dúvidas de que o aliado reconheceria a derrota.

Ao longo dos últimos dois dias, Bolsonaro optou pela reclusão o que provocou uma série de especulações e teorias da conspiração, como de possível golpe militar até convocação de novas eleições. Já Lula, eleito, recebeu reconhecimento de lideranças internacionais além de governadores eleitos, inclusive bolsonaristas.

Leia o discurso de Bolsonaro na íntegra:

Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 2 de outubro.

Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem vindas, mas nossos métodos não podem ser os da esquerda que sempre prejudicaram a população como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.

A direita surgiu de verdade em nosso país, nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, Pátria, Família e Liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos toda a pandemia e as consequências de uma guerra. 

Sempre fui rotulado como antidemocrático e ao contrário dos meus acusadores sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em censurar mídia e redes sociais. Enquanto presidente da República, continuei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.

É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que como eu defendem a liberdade econômica, religiosa, de opinião, a honestidade e as cores verde-amarela da nossa bandeira.

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.