19 de dezembro de 2024
Saúde pública • atualizado em 20/10/2024 às 10:25

Presidente do Sindilabs-GO alerta sobre dívida crescente e crise nos laboratórios em Goiânia

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que está trabalhando na regularização dos pagamentos e que estão sendo feitos por ordem cronológica
Christiane do Valle afirma que existe um atraso nos pagamentos aos laboratórios que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS). (Foto: Divulgação).
Christiane do Valle afirma que existe um atraso nos pagamentos aos laboratórios que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS). (Foto: Divulgação).

Segundo a presidente do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue no Estado de Goiás (Sindilabs-GO), Christiane do Valle, existe um atraso nos pagamentos aos laboratórios que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS). No total, os filiados ao sindicato já acumulam dois meses de repasses em aberto, caminhando para o terceiro, o que representa uma dívida de aproximadamente R$ 3 milhões por mês.

Para Valle, a situação gera grande preocupação entre os laboratórios, que podem ser forçados a suspender o atendimento devido à falta de pagamento, agravando ainda mais a crise na saúde pública de Goiânia. Segundo a presidente, vários laboratórios filiados ainda estão mantendo o atendimento em respeito à população de Goiânia.

A fala de Christiane ocorre em meio a uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), que, após recurso do Ministério Público de Goiás (MP-GO), restabeleceu a obrigação da Prefeitura de Goiânia de efetuar os pagamentos atrasados pelos serviços de saúde prestados ao SUS. Ao Diário de Goiás, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que “está trabalhando na regularização dos pagamentos e que estão sendo feitos por ordem cronológica”.

A sentença exige que o município regularize os repasses e tome as medidas necessárias para assegurar o atendimento à população, incluindo a transferência de pacientes intubados para hospitais e o uso de todos os leitos disponíveis. A Prefeitura de Goiânia havia alegado dificuldades financeiras e estruturais para cumprir as determinações, mas o desembargador Wilton Müller Salomão destacou que a falta de pagamento prejudica diretamente a população que depende do sistema público de saúde.


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