O número cada vez maior de pessoas – principalmente jovens – que fazem do pôquer a sua profissão tem algumas explicações. A possibilidade de viajar, ter um estilo de vida mais livre e ganhar altas cifras são alguns dos atrativos de quem segue a carreira de jogador dessa modalidade. Hoje, o Brasil conta com sete milhões de adeptos do pôquer, entre amadores e profissionais.
Para se ter ideia da lucratividade envolvida no esporte, em 2015, o Brazilian Series Of Poker (BSOP), o campeonato brasileiro de pôquer, bateu recorde de premiação. Ao todo, foram mais de R$ 20 milhões, quatro vezes mais do que foi dado aos melhores times do Campeonato Brasileiro de Futebol no mesmo ano. E a expectativa é que na edição deste ano o valor seja superado. Somente na etapa paulista, em disputa até esta terça, 26, o vencedor deve receber mais de R$ 500 mil como premiação.
Um dos jovens que abraçou o pôquer como profissão é o brasiliense Felipe Gonsalves Costa, de 27 anos. Há 4 anos, o jovem decidiu abandonar a faculdade de Direito para se dedicar exclusivamente ao esporte.
Além de conquistas em torneios nacionais e internacionais, Felipe empreendeu no mundo do pôquer. Em 2015, criou uma escola virtual, a Sensei Poker, que ensina técnicas da modalidade esportiva. Em pouco mais de oito meses, a escola conta com cerca de dois mil inscritos e 300 alunos matriculados, vindos não só do Brasil como também de países como Portugal e Argentina.
“Ganhos quase sempre em dólar e oportunidade de crescer na carreira são alguns benefícios não comumente encontrados em outras profissões, que me atraíram e que atraem cada vez mais jovens para se tornarem jogadores profissionais de pôquer”, revela Costa. Na terceira etapa do BSOP, disputada em Rio Quente (GO) no início de maio, por exemplo, o jovem faturou mais de R$ 100 mil ao alcançar a terceira colocação.
Ao todo o campeonato brasileiro de pôquer tem oito etapas. Depois de São Paulo, o BSOP segue para Natal, no Rio Grande do Norte.