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Política
| Em 4 meses atrás

“Prefiro falar de soluções”, afirma Fred Rodrigues em sabatina realizada pelo Diário de Goiás e Rádio Bandeirantes

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O candidato a prefeitura de Goiânia Fred Rodrigues (PL) participou, na manhã desta sexta-feira (6), de sabatina realizada na Rádio Bandeirantes em parceria com o Diário de Goiás. A entrevista, mediada pelo apresentador Thyago Humberto, representando o editor-chefe deste veículo, o jornalista Altair Tavares e a apresentadora Larissa Dourado abordou diversos assuntos relacionados ao município.

Na ocasião, o candidato destacou seu plano de governo para diversas urgências da capital, como o trânsito, limpeza urbana, tarifa de transporte público e outros. Fred também aproveitou para criticar as propostas dos candidatos da oposição. que segundo ele muitas foram copiadas. “Nem nem gosto de falar muito de proposta, eu prefiro falar de soluções. Proposta é uma coisa muito mirabolante, o pessoal não tá estudando o orçamento, tá entendendo que a cidade tem pra oferecer, então tá todo mundo falando de proposta, tá falando de soluções”, afirmou.

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Ao ser questionado sobre uma certa agressividade com outros candidatos, o candidato defendeu: ” Então, quer me colocar como agressivo? Coloque. Agora, faça um desafio, me chame de mentiroso. O que eu menti até agora a respeito de Adriana? O que eu menti a respeito de Vanderlan? O que eu menti a respeito de Mabel? Nada”, declarou.

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Confira a entrevista na íntegra:

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Thyago Humberto: Vamos começar falando de transporte coletivo aqui na região metropolitana. Focando, claro, na capital. A gente está percebendo que para congelar o preço das passagens, hoje no valor de R$ 4,30, há subsídios que são oferecidos pelas prefeituras, algumas prefeituras e o governo do Estado. O valor da passagem era para estar hoje próximo de R$ 10,00 e está congelado em R$ 4,30. O senhor defende muito a liberdade econômica, tem uma pegada muito liberal no sentido ideológico. O senhor defende que o Estado e os municípios continuem com esse subsídio para, em troca disso, manter uma passagem congelada com preço, entre aspas, acessível?

Fred Rodrigues: Eu defendo, Tiago, na verdade, que o orçamento seja utilizado de uma forma inteligente para que se possa aumentar a arrecadação. Então quando você está criando o subsídio dentro, obviamente, de um parâmetro consciente, de um parâmetro racional, ou seja, o que é isso? Que caiba dentro da despesa da prefeitura e do governo. Se eu não me engano, hoje o subsídio é 40% municipal, 40% estadual e o restante pago seria pelo consórcio metropolitano. Quando você fornece esse subsídio e facilita a locomoção, eu vejo mais ou menos como uma redução no preço da gasolina. Só que o preço da gasolina, o ideal é que ele não seja feito através do subsídio, mas através da livre concorrência. Já o preço da passagem, é muito difícil estabelecer essa questão da livre concorrência, até pela dinâmica aqui, porque as empresas já estão operando, de certa forma, no limite delas. Mas eu defendo que se couber dentro do orçamento, eu acho que é interessante, porque as pessoas circulando, realmente faz com que a cidade se movimente, faz com que as pessoas tenham acesso não só para o trabalho, que obviamente elas têm que se locomover, mas também para questões de lazer, para questões de consumo, para questões que elas possam realmente fazer a cidade produzir, a cidade prosperar, e é isso que a gente defende. Então, a princípio, não só quanto aos subsídios, mas eu quero, como eu já falei e vai ser um dos nossos primeiros projetos, fazer uma auditoria nas contas da prefeitura, para a gente entender o que a gente pode manter, o que a gente vai ter que retirar, e talvez o que a gente possa até ampliar. Dependendo com o enxugamento que a gente vai fazer na máquina e na gestão, pode ser que seja possível ampliar o subsídio, desde que os benefícios compensem essa questão, até porque o subsídio não tem muito segredo, a prefeitura não tem dinheiro, o que a gente está fazendo é utilizar o dinheiro do próprio contribuinte para fazer com que a passagem fique mais barata.

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Thyago Humberto: Ainda insistindo, candidato, ainda ficou uma maneira de, em outra palavra que a gente poderia usar, sustentando empresas privadas com dinheiro público. No mínimo, estranho isso.

Fred Rodrigues: Eu não diria nesse sentido, porque a empresa está prestando um serviço diretamente público. Então, a gente tem que fazer uma escolha. Ou a gente permite o aumento, que vai lá para, se eu não me engano, 9,50, 9,60, ou a gente faz com que a empresa que está prestando o serviço público continue a poder prestar esse serviço de uma forma que caiba no orçamento dela e que caiba no orçamento da prefeitura, e a gente busca o benefício no geral para a sociedade. Ônibus circulantes, transporte público, simplesmente significa que a cidade está se movimentando, está consumindo e está produzindo. Eu vejo desse sentido. Mas até a gente entrar e fazer uma auditoria e ver, por onde está escapando os recursos e o que a gente pode aumentar, fixar ou retirar, é difícil dar uma posição concreta. O que eu posso dizer é que o povo não vai pagar essa conta.

Larissa Dourado: Candidato, uma das questões do seu plano de governo para a Goiânia é a questão de fazer uma parceria com empresas privadas para poder melhorar algumas situações da cidade, inclusive um plano que já acontece em São Paulo. O que eu quero saber a respeito disso, como que isso iria, por exemplo, funcionar na saúde? Fazer essas parcerias com clínicas, com hospitais particulares, e aí a prefeitura não perderia, talvez, até mesmo um poder de gerenciamento disso? Como é que seria feito isso?

Fred Rodrigues: A questão da parceria público-privada, Larissa, e eu já falei isso várias vezes, há muitas secretarias ali que estão em excesso na cidade de Goiânia, muitas mesmo. Na nossa máquina administrativa tem muitas que a gente deve retirar ou fazer uma fusão, caso seja comprovado que elas ainda trabalham para o contribuinte. Então a maioria provavelmente vai ser parte de fusão, mas algumas a gente vai retirar.  Eu quero criar a Secretaria do Empreendedorismo e da Parceria Público-Privada. Por quê? Eu acho que a prefeitura não tem que arcar com tudo.   Até porque as questões técnicas, os cargos técnicos que é o nosso principal projeto, eles estão justamente em setores da cidade que estão acostumados a trabalhar dentro das suas áreas. E quando você está trabalhando na iniciativa privada, você como gestor, como empresário, como pessoa que lida diretamente com aquele assunto, você tem a obrigação de dar resultado. Infelizmente no serviço público não.   Muitas vezes a gente vê a pessoa não dando resultado, dando prejuízo para a prefeitura e é mantida no cargo, no serviço privado isso não acontece. Então a gente quer criar a Secretaria da Parceria Público-Privada e do Empreendedorismo para que essas pessoas venham para dentro, especificamente na área da saúde. Hoje em dia o almoxarifado da prefeitura não tem conexão com a maioria dos CAIS. Então quando você vai num CAIS hoje, se você precisar dar uma injeção no seu filho, seu filho precisar levar uma injeção no CAIS, você vai chegar lá e você vai ter que sair para comprar a agulha ou seringa. Se por algum milagre tiver a agulha, vai ser uma agulha de um calibre diferente, que é específica para adultos, que não serve para idosos, que não serve para crianças. E isso está acontecendo por uma simples falta de logística técnica dentro do almoxarifado da prefeitura e na comunicação. Empresas privadas já têm essa logística há muito tempo, isso é uma logística de mercadinho. Se você for no mercadinho da esquina no menor bairro de Goiânia, não está faltando coca-cola lá, porque a coca-cola sabe a hora que está para faltar e ele já manda o carregamento. Infelizmente isso não acontece na saúde.  Então essa é uma logística que a gente pode trazer das empresas privadas, da administração privada, que já está acostumada a lidar muito bem com isso e a gente não precisa sobrecarregar a prefeitura com isso. A prefeitura tem que focar, obviamente, em saúde, segurança pública e educação, são os três pilares que eu defendo, que o poder público tem que entrar de forma incisiva. Agora, há pequenos detalhes de ajustes que fazem grande diferença, que a gente não precisa ficar desgastando a prefeitura, ela pode focar em outras coisas. A própria questão dos contratos que você trouxe, esses contratos já existem, parceria privada com sindicatos, parceria privada com o cooperativo do anestesista da Coopanest. O problema é que a prefeitura não cumpre. E é mais uma vez onde a gente vai entrar com o nosso principal projeto de colocar pessoas técnicas nos cargos de primeiro e segundo escalão. O que que quer dizer? Não vamos colocar indicações políticas ou não vamos atrelar nenhum cargo a uma indicação política ou a um partido político. Será pessoas com experiência, currículo e comprovação de histórico na área.  E só assim você vai conseguir desenvolver, obviamente, junto com a parceria privada, um coletivo de ações dentro da saúde que resolvam o nosso problema. Você pode ver que ninguém falou disso. Nenhum dos candidatos tem coragem de fazer esse compromisso, mas é o único compromisso que resolve. Até porque o que não funciona a gente já está cansado de ver.

Thyago Humberto: E até pegando o gancho ainda nessa pergunta da Larissa, do PPP ou das PPPs, candidato, o senhor tem uma, no seu plano de governo também, estava lendo uma parte que fala de diminuir, tem esse propósito de diminuir o tráfego de veículos na região central. O senhor dá até um exemplo, não sei se é Barcelona, mas o senhor dá um exemplo de uma cidade da Europa que o centro tem aquela requalificação e como é que seria isso? Proibição de trânsito em algumas ruas e avenidas do centro?

Fred Rodrigues: Goiânia não tem efetivamente uma questão de problemas com o número de carros. Ela tem um problema de questão de gestão de tráfego. Nossa gestão de tráfego está presa ainda nos anos 80. Eu falo isso por quê? Porque nos anos 90 a gente já tinha o conceito da onda verde, que é pegar um sinal verde na sequência do outro para você nunca ficar parado, principalmente nas grandes avenidas. Em Goiânia criou-se o conceito da onda vermelha, onde você consegue, magicamente, pegar todos os sinais fechados. Fazendo essa questão e resolvendo a questão dos principais avenidas, das vias colaterais e arteriais, através de tecnologia, e mais uma vez entrando com a parceria público-privada, até porque os aplicativos hoje, o Waze e o Google Maps, eles já têm um mapeamento logístico do trânsito de Goiânia muito maior do que a prefeitura teria se mesmo se gastasse bilhões para fazer. Maior e melhor. Só que a gente não utiliza, apesar desses aplicativos fazerem esses projetos com várias cidades do mundo que a gente não tem coragem de utilizar. Como que a gente faz isso? Fazendo essa questão de o trânsito não fluir necessariamente para o centro, não é que a gente vai isolar e impedir que o centro se comunique com o trânsito, não é isso? A gente vai criar uma oportunidade para que o centro volte a ser frequentado por pessoas. O Leonardo Rizzo, nosso vice, ele até fala muito disso. Até ele que traz a experiência das cidades espanholas, Madrid, Barcelona. E ele fala muito disso, dessa comunicação que o centro da cidade tem com as pessoas, e a gente perdeu isso aqui.  Até porque as partes dos centros administrativos, tanto estadual quanto municipal, saíram ali. A gente poderia, sem dúvida, ocupar alguns prédios que estão vazios, na Avenida Goiás, na Avenida Tocantins, até na Araguaia, com órgãos da Prefeitura ou órgãos do Estado. Isso faria com que as pessoas que trabalham ali tenham que se locomover. Porque elas estariam perto do nosso palácio, do centro administrativo estadual. Então é esse o projeto que a gente quer fazer. Não é anular os carros, não é tirar os carros, não é dificultar a vida dos carros, mas simplesmente dar um contorno mais humano ali para aquela área do centro que eu acho que é a verdadeira revitalização. Dar uma utilidade para o centro que hoje em dia ela não tem.

Larissa Dourado: Nós estamos com a participação dos nossos ouvintes aqui. O Aníbal, do Jardim Botânico, ele pergunta e cumprimenta a todos com um bom dia: ‘Vê com o candidato o que ele sabe sobre o IMAS, o que ele pode melhorar’.

Fred Rodrigues: O IMAS é aquela questão que eu falei, pessoal. E eu volto, aqui eu tenho que reiterar a nossa principal proposta. Aníbal, né? Aníbal, nossa principal proposta. Você pode ter certeza. É a única que vai permitir que as outras propostas sejam cumpridas. Nós estamos chegando na Prefeitura e estabelecendo um projeto, o nosso partido, o PL, o Partido Novo, somos só nós dois na coligação, e o Partido Novo também tem um histórico de prezar e zelar pelo dinheiro público e uma administração pública eficiente. Nossa administração não terá cargos políticos, indicações políticas, amarras políticas, conchavos políticos, no comando das secretarias, autarquias e companhias. Ou seja, não teremos. E superintendências também. Ou seja, nós não teremos esses cargos políticos no primeiro e no segundo escalão. O que isso quer dizer efetivamente pra você? Que somente as melhores pessoas com capacidade técnica, com currículo, com histórico na área, vão estar trabalhando em determinadas áreas. A pessoa não vai estar ali porque ela é filho de um político, porque ela é neto de um presidente de partido, porque o partido me apoiou pra ganhar a eleição e agora eu tô devendo a ele. Não, eu vou estar devendo pra você, Aníbal. Eu vou estar devendo pras pessoas que nos colocaram lá. É fácil fazer isso? Não é. Mas a gente nunca pegou o caminho fácil. A gente sempre escolheu o caminho difícil porque ele é o caminho certo. E a gente já sabe que o caminho fácil não funciona porque é isso que todos estão fazendo. Você pode olhar as propostas de todos os outros candidatos. Estão chegando com propostas mirabolantes sem ter estudado o orçamento, sem ter estudado o impacto no município. Propostas mirabolantes, mas todos eles têm um ponto em comum. Todos eles já amarraram suas prefeituras. Todos eles estão alinhados com sete, dez outros partidos. Todos eles têm histórico de não cumprimento. E eles não vão fazer essa proposta de colocar pessoas técnicas na prefeitura porque eles não podem, eles estão amarrados. É a única proposta que vai permitir as outras. A gente vai para a questão do Imas. O Imas, para quem não sabe, é o plano de saúde do servidor público municipal. Ele tem hoje em dia um déficit muito grande. Como que ele chegou nesse déficit se o desconto é feito? Todo mês você que é servidor público municipal, o desconto do Imas é feito na sua folha. Você recebe um porcentagem do seu salário descontado porque o desconto é feito. Então o Imas tem toda essa estrutura, tem todo esse orçamento, tem os contratos com a rede privada e infelizmente isso não acontece. Não gera o serviço necessário. Então mais uma vez, ou a gente entra, ou a gente faz a auditoria, ou a gente entende o que está acontecendo ou não vai resolver. Essa auditoria só será feita com pessoas técnicas.Com pessoas que entendam o que está acontecendo ali. Não há como resolver o Imas agora com passe de mágica. Quem falar isso para você está mentindo.A única forma de resolver o Imas, e o melhor projeto para o Imas é esse, é uma auditoria séria com o Ministério Público e Polícia Civil lá dentro. E a gente vai descobrir por que o recurso é descontado do servidor e de repente não chega e não é revertido em serviço para quem está pagando, para quem está tendo aquele dinheiro descontado. A pessoa paga o Imas e tem que pagar uma saúde privada e isso não existe.

Thyago Humberto: Eu queria voltar ainda na questão do trânsito, pegando também o projeto de requalificação lá do centro, aqui da capital, candidato, o senhor falou e explicou qual que é a tua proposta do teu plano de governo, quando fala sobre diminuir o tráfego de veículos lá na região. O plano de requalificação do centro do atual governo, ele dá alguns incentivos para donos, proprietários de estacionamentos. O que se isso seria um pouco contrário a tua proposta? O senhor entende dessa maneira também? E o senhor tiraria esses incentivos?

Fred Rodrigues: O que a gente vai fazer, Thiago? Eu nem nem gosto de falar muito de proposta, eu prefiro falar de soluções, né? Proposta é uma coisa muito mirabolante, o pessoal não tá estudando o orçamento, tá entendendo que a cidade tem pra oferecer, então tá todo mundo falando de proposta, estamos falando de soluções. A gente não quer punir os automóveis sem antes ter, obviamente, um recurso de qualidade como transporte público, né? Muitas cidades quando se fala, ah, tal cidade utiliza muito transporte público, você não vê carros na rua, sim, porque aquela cidade primeiro ofereceu uma alternativa de qualidade de transporte público. Goiânia fez o contrário, começou-se a punir os automóveis, criou-se zona de quarenta quilômetros por hora em grandes avenidas do centro, algo que é que é um absurdo, começou a dificultar o estacionamento sem que a pessoa tivesse uma alternativa e a pessoa precisa de um carro, o carro é liberdade, há várias coisas você não vai poder fazer de ônibus, você não vai levar sua avó, sua esposa, ah, no médico de ônibus, né? Não é o ideal, você não vai fazer as compras do mês de ônibus, né? O carro é uma liberdade, ah, que o cidadão tem o direito de ter e a gente acredita que tem que ter, o que a gente tem que fazer é a adequação das vias da cidade. Então, a princípio, essa, essa colaboração com os estacionamentos seria até boa, porque os carros não ficariam parados nas vias, né? A gente quer realmente dar um aspecto mais limpo, mais orgânico pro centro e fazer com que ele seja ocupado por pessoas, né? E o automóvel, obviamente, tem a sua participação, mas nessa questão do centro, as pessoas têm que ter a prioridade e, como eu já falei, Goiânia não tem um problema com excesso de automóveis, não necessariamente temos muitos automóveis, temos, mas a gestão de tráfego é nula. Então, como que você vai culpar o número de automóveis se você, primeiro, não tá organizando eles? Muitas cidades do mundo já mostraram e o nosso plano de governo, ele é testado, ele é experimentado, principalmente nessa questão da tecnologia, das câmeras inteligentes, ah, do semáforo sincronizados, das câmeras com inteligente artificial que conseguem prever o fluxo saindo das vias colaterais, para as arteriais, para as principais e, justamente assim, conseguem, eh, alterar e dar o dinamismo necessário ao semáforo, a abertura do semáforo. Então, Goiânia, primeiro, tá presa na gestão de tráfego dos anos oitenta, não tem como ainda culpar o automóvel por causa disso. E, obviamente, a gente estudou a cidade, né? Ouvi o plano do Sandro Mabel aí, ah, pros corredores de ônibus, né? Falando que vai colocar moto no corredor de ônibus, você viu? O cara não estudou nada, não entende, nunca andou de moto, começou a andar de moto agora, ah, pra propaganda eleitoral. Como que você coloca moto no corredor de ônibus? Há pesquisas que mostram que o ponto cego do ônibus não alcança nem mesmo o topo do capacete do motoqueiro, do motociclista. Eu ando de moto todo dia. A questão que a gente propôs é uma questão mais inteligente nas vias, onde isso é possível, de você fazer o corredor exclusivo da moto. Cada carro que conseguir parar dez centímetros pro lado, a moto já passa. Você não precisa um espaço num carro pra moto passar. Isso é feito em São Paulo com muita, com muita profundidade, eu diria, até uma certa maestria. Em São Paulo o corredor de moto funciona bem. E aí o Sandro vem e fala que ele quer colocar moto no corredor de ônibus. Ou seja, não tá entendendo, não viu a cidade, parece que alguém sopra no ouvido dele algo que ele acha que os motociclistas querem escutar, e aí coloca no plano de governo. Por isso que eu falo, a gente tá propondo soluções, não propostas.

Thyago Humberto: O senhor acabaria com a zona quarenta, já que o senhor criticou agora?

Fred Rodrigues: Sim, não há espaço pra zona quarenta ali no centro, não há espaço, não há essa necessidade. Nós não temos um grande número de acidentes, não tínhamos antes o espaço da zona quarenta, não temos agora. É, obviamente, e muitas pessoas criticam isso, uma forma de fazer uma indústria da multa, obviamente tem que haver fiscalização, mas eu sou contra também você multar a pessoa na pegadinha, você colocar um sensor de faixa de ônibus logo antes de uma conversão à direita, onde a pessoa precisa entrar. Então a gente tem que fazer a fiscalização, mas uma fiscalização racional e justa com o contribuinte, não tem como a prefeitura querer fazer a arrecadação, aumentar a arrecadação na base da sacanagem de um goianiense.

Larissa Dourado: Fred, o Helder Dutra da região noroeste pergunta o seguinte, primeiro cumprimenta a todos, inclusive a você, ele pergunta a respeito dos milhares de comissionados que existem na Comurg e em toda a prefeitura, como sabemos que tem, ele cita isso, né, que tem vereadores, tem quinhentos cargos, o que que você faria a respeito dessa organização dos comissionados?

Fred Rodrigues: Helder, preste atenção nas nossas soluções que a gente está apresentando, quase todas elas são copiadas pelos outros candidatos, eu não me importo, podem copiar, até o fim da campanha vocês ainda vão copiar muitas outras. A solução que apresentei pra Comurg foi o seguinte, uma auditoria de noventa dias com a Polícia Civil e Ministério Público pra gente entender porque há supersalários, porque há pessoas lotadas ali, mas que não estão desempenhando a função, porque há atraso no cronograma dos caminhões, porque há rolo do parafuso do caminhão até a palha da vassoura e principalmente porque esse grande número de comissionados vindo de pessoas que não têm indicação técnica e a única forma de fazer isso é uma auditoria com Polícia Civil e Ministério Público, pelo menos noventa dias a gente consegue resolver. Não tem como você começar a administrar a Comurg e por mais que se critique o Rogário Cruz, eu critico o Roger Cruz, não é um problema que vem de agora, você não vai fazer uma gestão eficiente ali dentro da Comurg sem auditoria e ninguém teve coragem de propor isso. Pra falar que ninguém teve coragem de propor, a Adriana copiou a nossa proposta, eu apresentei num debate uma semana depois, ela apresentou numa entrevista, só que ela não vai fazer isso, a gente sabe que a Adriana não vai fazer isso, porque é uma auditoria, implicaria não só verificar o governo do Roger Cruz, a gestão do Rogério Cruz, mas as gestões petistas, como eu disse pra o Leandro, a Comurg não começou no Roger Cruz, ela vai investigar o Paulo Garcia, onde a gente teve uma crise do Liz de quarenta dias, quarenta dias sem recolhimento, pior agora do que na gestão do Roger, ela vai investigar o Pedro Wilson, com a Neide Aparecida, quando ela foi presidente da Comurg e todos os rolos que teve lá atrás, que é do PT, ela não vai investigar o pessoal petista pessoal, tá fazendo graça, tá fazendo graça por vocês, porque vamos utilizar o termo solução aqui, a nossa solução é a única que resolve, mas em vez de fazer uma solução, ela fez uma proposta que não será cumprida, a Adriana não tem coragem de investigar a  Comurg , se ela investigar a  Comurg , ela tem que investigar petista e ela não vai fazer isso, então, pra que fique claro pra ela, a única solução é essa,  Comurg precisa de uma investigação pra gente saber o que tá acontecendo, do contrário é enxugar gelo.

Thyago Humberto: Continua esse, essa parceria com o sócio que tá administrando agora, fazendo o trabalho, o LimpaGyn ou o senhor pretende encerrar o contrato?

Fred Rodrigues: necessariamente, mas todos os contratos, contratos serão revistos, eu não confio nessa administração atual pra assinar nenhum contrato, ele assinou o contrato em nome dos goianienses, eu sou um goianiense, eu sou um cara que sofre com as decisões erradas do prefeito, então, todos esses contratos serão revistos, se tiver alguma parte boa, que eu acho difícil, até porque a gente já viu hoje, mais uma vez a Comurg na página do, do, do jornal, falando a respeito da falta de caminhões, uma semana atrás, tava na página do jornal de novo, porque os, os compactadores estavam parados por falta de combustível, então, toda essa Comurg, até aí, a gente já vai pra questão do lixão, né, do aterro, a gente, hoje em dia, não tem um aterro, a gente tem um lixão, eu tava lá ontem, né, e o pessoal fala muito, proposta mirabolante, a solução cadê? Vai fazer o quê?Essas propostas que estão apresentando aí, tão sendo apresentadas há vinte anos, né, o que que a gente tem que fazer ali, de verdade? Coisa simples, uma simples educação na rede.

Larissa Dourado: Vamos falar do nosso ouvinte aqui, o Anderson de Oliveira, que perguntou se você pensa em fazer um voucher na educação. E falando em educação, em uma das suas propostas, a questão de trazer a escola militar para o município. Como que isso funcionaria?

Fred Rodrigues: Obrigado, Anderson. Sem dúvida, acho que as nossas soluções para a educação são as mais adequadas, né? Goiânia, hoje em dia, através da Lei 141 de 2012, Lei Complementar, obviamente tem a obrigação de investir cerca de 25% em educação. Qual que é o grande problema? Nesses 25%, em torno de 1,7 bi, sobra para investimento mesmo 0,03. O 0,03 dá em torno de 5 milhões. De 1,7 bilhões, sobra 5 milhões para o seu orçamento, para ser investido. E eu estou vendo muito candidato aí falando que vai construir CMEI doidado, que vai terminar a construção de novo. Como? Com que dinheiro? Com esses 5 milhões, você vai fazer quantos CMEIS? Vai terminar de fazer 20 CMEIS aí? Mais uma vez, mostrando que esse pessoal não está estudando, não está estudando o orçamento, ou está mentindo deliberadamente para você com as famosas propostas aí que nunca serão executadas. A questão da legislação, da escola cívico-militar, a gente pode fazer no âmbito municipal, desde que haja uma adequação da legislação estadual. Isso não seria problema nenhum, tem um excelente tráfego. Tráfego ali na Alego, um trânsito na Alego, com meus colegas deputados. Isso não seria problema nenhum e eu tenho certeza que o governador Ronaldo Caia também trabalharia 100% com a gente disso aí. A educação cívico-militar e a proposta cívico-militar já mostrou que a mais desejada pelos pais é que produz melhores resultados, ainda que a gente possa melhorar muito os resultados. Quando fala, por exemplo, que Goiânia está em primeiro no IDEB, ok, está em primeiro no IDEB do Brasil. O que não é conquista nenhuma entre as capitais do Brasil. Não é uma conquista nenhuma, a educação do Brasil é péssima. A gente tem que ser referência para o mundo, não aqui nivelar por baixo. Não há muita coisa para ser feita, mas o que eu posso garantir é o seguinte, a educação cívico-militar será um pilar. A gente vai lutar por isso, vai brigar por isso, vai brigar inclusive no STF, que a gente sabe que eles têm essa mania de interferir aqui nas cidades, quando as cidades tentam melhorar, tentam escapar daquela tradição do governo federal de influenciar negativamente na educação municipal, de manter a amarra da educação municipal. Daremos pessoas boas, valorizando os servidores, fazendo uma diferença ali entre o contrato e os efetivos para substituição. Então a gente vai trabalhar com os professores, vai chegar a isso de professor temporário cobrindo vaga sem necessidade. Teremos específico professor temporário e os chamados no concurso.Então a gente vai trabalhar nesse sentido e eu acho que, acredito, a nossa proposta para a educação é a única que consegue ser executada, porque a gente está respeitando o orçamento. A gente está vendo o que está acontecendo e a gente estudou para isso. Então, obviamente, há a questão também da escola cívico-militar, que vai ajudar muito nesse sentido.

Thyago Humberto: Candidato, há algumas ações contra o senhor na justiça eleitoral por parte de, pelo menos a gente pode citar aqui a candidata Adriana Accorse, e alguns criticam o senhor interpretando uma certa agressividade com outros candidatos, em especial com a própria Adriana. O senhor se considera agressivo nas críticas a ela? E hoje, dia 6, estão batendo um mês ao mês do primeiro turno das eleições no Brasil inteiro. Qual vai ser a estratégia de agora em diante?

Fred Rodrigues: Sim, sou agressivo, sou contundente, sou incisivo, sou eleitor revoltado com esse teatro que está aparecendo aí. Teatro de comadres, onde todo mundo está falando que vai fazer diferente, todo mundo é diferente do outro, e eles são todos iguais. Basta olhar o plano de governo, basta olhar que um não critica o outro, e sobrou para mim criticar. Então, quer me colocar como agressivo? Coloque. Agora, faça um desafio, me chame de mentiroso. O que eu menti até agora a respeito de Adriana? O que eu menti a respeito de Vanderlan? O que eu menti a respeito de Mabel? Nada. Tanto que a Adriana entrou quatro vezes na última semana contra a nossa campanha e perdeu todas. Para não falar que ela perdeu todas, ela ganhou uma, que ela me processou, pediu para retirar o programa nosso do ar, porque não estava escrito nos caracteres pequenos, propaganda eleitoral gratuita. Esse é o nível de desespero dela. Agora, quando eu falei que ela votou pela saídinha, para colocar bandidos no meio, na presença de mulheres nas ruas, ela votou. Quando eu falei que ela está escondendo o PT, e ela não quer que o PT apareça aqui, e provavelmente só vai aparecer com o PT se, Deus livre, ela for eleita, e ela aparece, vai ter todo orgulho, Lula chega aqui dentro. Ela fez isso. E agora, recentemente, ela processou a gente tanto que eu até esqueci, mas a verdade é que ela perdeu todas. Ela perdeu todas, então ela não tem sustância. A própria questão do candidato Sandro, o que eu menti do candidato Sandro? Tudo que eu já falei, ou que eu falo do candidato Sandro, o governador Ronaldo Caiado já falou dele. Então, não é segredo o que o Sandro pensa dos governadores, não é segredo o que o Ronaldo pensa dele. Todos os envolvimentos, toda a questão de denúncias de corrupção, toda a questão de falta de alinhamento, ele mesmo se apresenta como uma pessoa de centro-direita. Então, agora ele está chegando e falando que vai fazer diferente? Eu não tenho problema nenhum de trabalhar com o governador. Alguém acha que se eu eleito prefeito de Goiânia, o governador vai ter algum problema de trabalhar comigo? Nenhum. Agora, o Sandro eu posso garantir para o governador. Ele vai trair o governador no primeiro semestre, como ele fez com todo mundo. Ele era apoiador da Dilma, do Lula, ele dava carona para o Lula no avião dele. Ele recebeu o aval do Lula para relatar a reforma tributária. Falou, olha, Sandro Mabel recebeu o aval do Lula para relatar a reforma tributária. Quem que tem no currículo a bênção do Lula? E até pouco tempo ele era conselheiro do Temer. E atacava o governador todos os dias. Aliás, a mesma crítica que ele fez para o governador, ele fez para mim. Disse que o governador não sabia nem gerir um carrinho de picolé. Disse que as fazendas do governador eram tocadas pelo irmão dele. E ele fez essa crítica para mim no debate. Então, eu devo tomar como um elogio. Que a última pessoa que o Sandro disse que não sabia gerir um carrinho de picolé, virou um administrador tão bom que teve capacidade de resgatar o Sandro das catacumbas de onde ele estava enterrado. E ressurgiu agora aqui, se dizendo gestor, mas sem nenhum plano concreto. Estabelecendo, inclusive, uma…colocando em risco a vida de motociclistas, colocando eles na linha de ônibus. E copiando nossos projetos. A questão do empréstimo de Goiânia. Eu entrei na justiça contra o empréstimo de 710 milhões que o prefeito Rogério Cruz estava fazendo. Junto, em conluio, com o regime petista. Aí o Sandro achou tão bom que dois dias depois ele entrou também. Então esse é o gestor. O gestor é tão bom que tem que ficar copiando as ideias do, teoricamente, candidato que ele chama de inexperiente. Essa é a gestão do Sandro. Então por que eu não vou ficar revoltado? Claro que eu vou ficar revoltado. Eu estou vendo um teatro de comadres, estou vendo. E eu não estou traçando estratégia. Ah, Fred, você tem que atacar só quem está acima de você na pesquisa. Não, eu falo, todo mundo fala. O menino do Marconi também. Quem eu ver que está fazendo um teatro, se apresentando como que não é, eu vou falar. As pessoas que querem me chamar de agressivo, podem me chamar de agressivo. Só não vai poder me chamar de mentiroso.

Larissa Dourado: O nosso ouvinte que retomou aqui, perguntando sobre o voucher da educação. Ele disse que o senhor não respondeu a pergunta dele.

Fred Rodrigues: Faremos o voucher da educação. É a nossa principal. Vamos trabalhar. Tem mais de nove mil vagas, chegando a dez, talvez até quatorze, agora que as creches tiveram, os CMEIS tiveram esse impedimento de matrícula. O voucher da educação é um projeto nosso há mais de dez anos. Meu ouvinte, a gente vai trabalhar com isso. Vamos suprir as vagas da educação pública dentro da rede privada e fazer isso de imediato.


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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019