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Notícias do Estado
| Em 1 ano atrás

Maternidades públicas de Goiânia retomam atividades na segunda-feira (25), após repasse da Prefeitura

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Nesta quinta-feira (21), a Prefeitura de Goiânia realizou o repasse de R$12 milhões à Fundahc permitindo retomar atendimentos eletivos nas unidades de saúde: Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), do Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI) e da Maternidade Nascer Cidadão (MNC), a partir de segunda-feira (25).

A Fundação responsável pela gerencia das unidades alega que o total em aberto é de R$ 43.347.902,315, mas que nesse momento o valor repassado será suficiente para regularizar pagamentos e garantir insumos para o retorno das atividades.

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Segundo a Prefeitura, o valor do repasse irá arcar com pagamentos em atraso do vale alimentação de colaboradores celetistas e de algumas notas em aberto de profissionais contratados como Pessoa Jurídica e de fornecedores, permitindo a entrega de insumos para retomar os atendimentos eletivos com a qualidade de atendimento já reconhecida às usuárias das maternidades.

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A Prefeitura ainda reforça que a gestão municipal e a Fundação estão atuando em conjunto para validar os demais valores em aberto. Em comunicado, o prefeito Rogério reforça o compromisso da gestão em garantir atendimento de saúde pública de qualidade na Capital. “Na última semana foi repassado R$5 milhões à Fundahc, hoje repassamos mais R$12 milhões, chegando aos R$17 milhões somente neste mês”, reforçou.

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Já a diretora-executiva da Fundahc, Lucilene Maria de Sousa, reconhece o esforço da prefeitura em assegurar atendimento humanizado às mulheres que procuram os serviços em Goiânia: “A gestão do município nos colocou a importância e o diferencial que é ter a Universidade presente na assistência oferecida a essas pacientes. Se prontificaram a validar os valores em aberto e ajustar os termos aditivos vigentes, se identificada esta necessidade. Estamos confiantes em uma resolução definitiva em breve”, pontuou.

Entenda o caso

Desde segunda-feira (18), as três maternidades públicas de Goiânia tiveram os procedimentos eletivos suspensos por falta de repasses da SMS. A Secretaria se pronunciou que desde o final da pandemia, enfrentava problemas. A pasta alegou que os governos federal e estadual não enviam recursos para o custeio das maternidades, portanto, todas as três maternidades estavam sendo mantidas com dinheiro do Tesouro Municipal.

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Em nota a SMS citou que há necessidade de regulação do sistema “porta aberta” em que as maternidades atendem. A questão também foi defendida pelo prefeito Rogério Cruz. “Estas unidades não fazem diferenciação de quem mora em Goiânia ou não. Muitas mulheres atendidas nessas unidades vêm de outras cidades, mas são atendidas com a mesma qualidade que as goianienses”, garantiu.

Nova paralisação

Mesmo com a questão dada como solucionada nesse primeiro momento, uma outra questão preocupa o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO), que é o não pagamento dos médicos atuantes no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara. De acordo com o Sindicato são quatro meses de atraso salarial e falta de insumos para a unidade.

Portanto, nesta sexta-feira (22), o Sindicato emitiu um comunicado informando uma nova paralisação de serviços eletivos na terça-feira (26), na unidade HMMCC. Ao Diário de Goiás, o Sindicato confirmou que mesmo com os repasses feitos pela prefeitura, a paralisação será mantida até o pagamento dos médicos. E posteriormente será convocada uma Assembleia para novas deliberações.

Confira o comunicado na íntegra:

“COMUNICADO

AVISO DE PARALISAÇÃO DOS ATENDIMENTOS – GREVE NO HOSPITAL E MATERNIDADE MUNICIPAL CÉLIA CÂMARA

O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás – SIMEGO, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, informa a toda população de Goiânia e região que haverá paralisação nos atendimentos dos serviços médicos no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara – HMMCC.

A paralisação ocorrerá a partir das 07h (sete) horas do dia 26 de setembro de 2023 (terça-feira), sendo esta deliberação tomada em Assembleia Geral Extraordinária Permanente realizada a partir das 19h30 do dia 20 de setembro do ano em curso, uma vez que os gestores responsáveis por aquela Unidade de Saúde Pública (Secretaria Municipal de Saúde, FUNDAHC e empresas terceirizadas) não atenderam à pauta de reivindicações apresentada pelos médicos, dentre elas imediato pagamento das remunerações que se encontram com 4 (quatro) meses em atraso, bem como a disponibilização de todos os recursos humanos e materiais necessários ao atendimento da população.

Os atendimentos somente serão retomados após a contemplação integral das reivindicações dos médicos que atuam na unidade, sendo que os atendimentos classificados como sendo de urgência e emergência serão mantidos, conforme a lei determina”.

A nota foi compartilhada no Instagram do Sindicato: www.instagram.com/simego_oficial/

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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019