O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), esteve reunido na manhã desta quinta-feira (20), com a superintendente da Caixa Econômica Federal (CEF), Marise Fernandes, com representantes da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e empresas do consórcio para dar solução ao BRT (Bus Rapid Transit).
Em nota, a administração municipal informou que as obras do BRT foram paralisadas na última sexta-feira (15) devido a um pedido de vistas da planilha de custos por suspeita de desequilíbrio de preço em alguns itens. No entanto, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que seria o responsável pela solicitação, negou que tenha solicitado a pausa dos serviços.
Conforme a nota, a previsão de retomada da obra deve ocorrer “assim que os ajustes solicitados pelos órgãos de controle forem realizados”.
De acordo com reportagem do G1 Goiás, haviam suspeitas de que os repasses da Caixa Econômica para a obra não estariam sendo feitos. No entanto, a superintendente do órgão em Goiás, Marise Fernandes negou a informação e disse durante a reunião que a Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) acompanham os processos de forma regular, mas foram apontados desequilíbrios nas planilhas orçamentárias.
“Foram feitos apontamentos de desequilíbrio para mais e para menos e precisa fazer o ajuste dos preços que foram apresentados na licitação em 2014. Nós não podemos pagar a mais, e a empresa, segundo ela, não pode trazer o preço para baixo porque ela venceu um certame licitatório. No impasse, quem vai orientar a solução, o encaminhamento é o Tribunal de Contas da União”, disse Marise Fernandes.
De acordo com a superintendente da CEF, 22% dos recursos da obra já foram liberados, mas o órgão aguarda a solução do impasse, que acontece nas grandes obras de todo o país, para realizar os ajustes.
Ainda segundo Marise Fernandes, o prefeito Iris Rezende deu uma ordem expressa para que o problema seja resolvido e a obra do BRT seja retomada. “É uma obra grande, um contrato de R$ 240 milhões, nós temos todos os zelos em cada liberação. A obra vai ficar pronta, é um pouquinho de tempo, esses problemas acontecem, eles são naturais em grandes contratos e nós temos o compromisso firme de que o problema, em breve, será resolvido”, destacou ela.
Paralisação
A obra do BRT já havia sido interrompida por seis meses em decorrência de uma dívida no valor de R$ 11 milhões. A construção do corredor foi retomada após a negociação dos pagamentos às empresas EPC e WGV.
O projeto, que consiste em um corredor exclusivo de ônibus que liga a cidade de norte a sul, do Terminal Recanto do Bosque ao Terminal Cruzeiro do Sul, na divisa com Aparecida de Goiânia, foi lançado e só deve ser entregue a população em março de 2019.
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