A Prefeitura de Goiânia lançou nesta terça-feira (7), no Paço Municipal, o Corujão da Ultrassonografia. O objetivo é atender 120 mil solicitações de ultrassonografias variadas que vêm se acumulando desde a pandemia, período que os procedimentos eletivos foram suspensos. A expectativa é que o programa se encerre em 3 a 4 meses.
Segundo o prefeito Rogério Cruz, essa é considerada a primeira fase do programa. “O programa terá duas fases. A primeira já começa agora, com o contato com cada paciente para saber se ainda precisa fazer o exame [ultrassonografia]. Também vamos publicas um edital de chamamento para os prestadores que irão participar do programa”, explica.
Para atender às demandas de ultrassonografia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) deve buscar parcerias com outros prestadores, ofertando atendimento em horários mais ociosos, especialmente no período noturno, todos os dias da semana.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Wilson Modesto Pollara, a rede de prestadores de Goiânia não consegue atender a demanda de pedidos acumulados para ultrassonografia. “Estamos indo atrás de mais parceiros, inclusive aqueles que conseguem realizar uma quantidade maior de exames, como é o caso do Hospital Albert Einstein”, diz o secretário.
Os exames serão para ultrassonografia abdominal, do abdômen total, bolsa escrotal, prostático, tiroide e pélvica ginecológica. De acordo com a Dra. Erika Ximenes, superintendente da Regulação, já existem serviços contratados, mas que um edital foi feito para contratação de clínicas particulares.
A superintendente afirma que, normalmente, 4.500 exames são autorizados mensalmente e que a solicitação é de aproximadamente 10 mil por mês.
Atendimento
Segundo Ximenes, a contratação para iniciar as ultrassonografias levam de 30 a 60 dias. Pedidos feitos em até 60 dias serão por chamamento sintomático, enquanto de 60 a 180 dias será feito teleatendimento pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (IDTECH), em um trabalho feito junto com a central de regulação.
Para os casos de mais de 180 dias de solicitação, será feita uma teleconsulta para verificar se ainda há necessidade do exame. A superintendente destaca ainda que todo atendimento será ativo, ou seja, a prefeitura irá procurar os pacientes com os pedidos já lançados. Para aqueles que ainda não lançaram, é necessário que vá a uma unidade de saúde e solicitem conforme o pedido médico.
Maior problema
Segundo o secretário da Saúde, a ultrassonografia é o maior problema. “São 120 mil pessoas aguardando o exame, se nos fossemos colocar essas pessoas para dentro da nossa própria estrutura, nós demoraríamos mais de um ano para fazer os exames”, inicia.
Em seguida, durante a coletiva, Wilson Pollara afirmou que esse é o motivo pelo qual o programa está contando com a estrutura privada de Goiânia. “[A estrutura privada] nos concedeu e nos acolheu para que esses exames sejam feitos, atualmente 12 clínicas já estão envolvidas no programa”, explica.