21 de dezembro de 2024
Cidades

Prefeito teme ida de romeiros até Trindade e cobra planejamento para evitar aglomerações

"Surpreso", disse Darrot após ser alvo de operação da PC para investigar irregularidades licitatórias (Foto: Reprodução)
"Surpreso", disse Darrot após ser alvo de operação da PC para investigar irregularidades licitatórias (Foto: Reprodução)

O prefeito de Trindade, Jânio Darrot (PSDB), teme que, mesmo com o cancelamento das atividades presenciais da Festa do Divino Pai Eterno de 2020, romeiros se desloquem até a cidade, podendo levar à proliferação do Sars-CoV-2 no município.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, Darrot diz que a cidade deve se preparar para lidar com eventuais pessoas que, mesmo sem festa, queiram ir a Trindade cumprir promessas.

“Se 5% das pessoas que visitam Trindade todos os anos resolverem ir, teremos um fluxo de 6 mil pessoas. Vamos fazer propaganda para que não venham até Trindade, mas acontece que pessoas vão cumprir promessas, podem ir a pé de Goiânia a Trindade. Tem pessoas que vão todo ano até Trindade, mesmo se a igreja estiver fechada”, pontuou.

O prefeito lembrou que a festa, em 2020, começaria no dia 26 de junho, seguindo até 5 de julho. Por isso, ele vê com preocupação a possibilidade de deslocamento dos romeiros. “Não sei como vai estar a disposição das pessoas. As pessoas vão se acostumando a conviver com a doença. De repente, a pessoa acha que não tem problema”, argumenta.

Para evitar surpresas, Darrot cobra uma discussão com o governador Ronaldo Caiado e a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) para definir medidas que evitem o deslocamento ou minimizem eventuais aglomerações. Entre as hipóteses está a instalação de barreiras sanitárias, proibindo a entrada de pessoas na cidade.

“Precisamos fazer um planejamento para o caso de deslocamento de pessoas até Trindade. Precisamos nos preparar para isso, saber se vamos criar barreiras. É uma opção. Temos que trabalhar com essa hipótese”, afirmou.

Festa virtual

A Festa do Divino Pai Eterno é realizada há 180 anos e esta poderia ser a primeira vez que o evento seria cancelado. No entanto, ainda é discutida a possibilidade de que as festividades ocorram remotamente. Qualquer tipo de celebração física está vedada.

“O que está se definindo é se ela vai acontecer de forma virtual ou não. Não teremos a Romaria presencial. Não teremos comemorações, eventos, desfiles de carros de boi, ambulantes e comerciantes nas ruas. Não aceitaremos nenhuma das situações”, garante Darrot.

O prefeito afirmou ainda que não está definido se as igrejas manterão as portas abertas ou se fecharão no período festivo. Segundo ele, isso ainda é discutido com a Diocese e o governo estadual.


Leia mais sobre: / Cidades