O prefeito Sandro Mabel afirmou na manhã desta quarta-feira (9) que pode trocar o Consórcio Limpa Gyn por outra empresa devido à insatisfação com os serviços prestados para o recolhimento de lixo. Segundo ele, mensalmente a prefeitura tem glosado (segurado) milhares de reais do contrato e vem forçando mais eficiência na prestação do serviço.
“Os caminhões deles andavam a 40 e 50 quilômetros por hora e agora estão a 7 ou 8 quilômetros por hora, senão não varre, só levanta a poeira”, citou durante entrevista na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) sobre diversos assuntos da Companhia e sua área de atuação, que envolve a limpeza pública.
Mabel disse que tem até “seguido” alguns caminhões da empresa “vigiando” de perto a velocidade e até mesmo cobrando dos motoristas da Limpa Gyn os registros dos trajetos percorridos para conferir.
Mas em nota enviada ao Diário de Goiás, a Limpa Gyn nega essa situação e afirma que, ao contrário, “houve desinformação da Prefeitura, que fez leitura equivocada”. Segundo a nota, que está na íntegra ao final, as varredeiras utilizadas no serviço “sempre trabalharam rodando a uma velocidade entre 7 e 10 km/h, dependendo do setor e do nível de sujidade”.
Pesquisa
O prefeito disse, por outro lado, que foi feita pesquisa recente que teria apontado um aumento na satisfação dos moradores, atribuindo o resultado a esse “aperto” da administração sobre a contratada. “56% da população acham que a limpeza melhorou muito e estamos em cima da Limpa Gyn”, observou.
Questionado pelo editor-geral do DG, jornalista Altair Tavares, se o contrato com a Limpa Gyn será mantido até que a Comurg consiga assumir, Mabel disse: “Aqui ninguém tem cadeira cativa, ninguém. Estamos sempre discutindo (…) dando aperto. Não tenho compromisso com ninguém”.
O prefeito relatou que no domingo retrasado flagrou uma situação de sujeira acentuada e acionou o próprio dono da empresa para ele determinar a limpeza. O problema estava na região da Vila Canaã. Segundo Mabel, foi exigido que a Limpa Gyn enviasse imediatamente maquinário e pessoal para corrigir o trabalho. “Fiz limparem no domingo”, pontuou.
A versão da empresa também é outra sobre esse episódio. Conforme a nota, quem tinha deixado de fazer o serviço de varrição manual tinha sido a Comurg, mas como havia equipes da Limpa Gyn em campo naquele domingo, a empresa se dispôs a realizar o serviço para atender o pedido de Mabel.
O prefeito disse que também cobrou da empresa a colocação de contêineres em alguns pontos de Goiânia e já foram adquiridos 70 contêineres. Entre os locais que vão receber o equipamento está o Mercado de Campinas. De sua parte, no entanto, a empresa disse que o ato foi uma iniciativa da Limpa Gyn, bem recebida pela prefeitura.
Nota da Limpa Gyn
“Sobre a velocidade das varredeiras, nunca foi feita varrição a 40/50 km por horas. Houve desinformação da Prefeitura, que fez leitura equivocada. As varredeiras sempre trabalharam rodando a uma velocidade entre 7 e 10 km/h, dependendo do setor e do nível de sujidade.
Com relação à Vila Canaã, não houve cobrança dos nossos serviços. O que houve foi falta de varrição manual, de responsabilidade da Comurg. O local estava sujo, porém, a coleta orgânica, que está no nosso Plano de Trabalho, estava a contento, inclusive com a frequência toda concluída.
Com a solicitação e urgência do serviço, nos disponibilizamos a realizá-lo para atender o Prefeito, já que era o Limpa Gyn que estava nas ruas no domingo.
Com relação aos contêineres, foi iniciativa da empresa. Fizemos análises de alguns pontos no qual a população não contribui com acondicionamento, propusemos a fazer a distribuição destes reservatórios, bancando essa questão e fortalecendo o objetivo de manter a cidade cada vez mais limpa.
Foi uma proposta da empresa, bem aceita pela Prefeitura. Nós vamos realizar o projeto nos principais pontos identificados, contribuindo para a limpeza da cidade.
Limpa Gyn
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