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Economia
| Em 1 ano atrás

Preço do leite pago ao produtor chega ao nível mais baixo do ano em outubro

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O preço do leite pago ao produtor chegou ao nível mais baixo desde janeiro deste ano. Em outubro, o preço do litro de leite chegou a custar em média R$2,22, uma queda de 13,6% em relação ao mesmo período do mês anterior, de acordo com a IFAG (Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás). Os dados foram divulgados na revista Agro em Dados edição de novembro.

Este valor é o menor da série histórica para o mês de outubro dos últimos três anos. Conforme análise da inteligência de mercado agropecuário da SEAPA (Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás), a explicação para a queda é o crescimento da produção nacional de lácteos em conjunto com as importações elevadas em alguns estados, o que sustenta a desvalorização do leite no Brasil.

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Gráfico mostra os valores da média de preços do leite pago ao produtor durante a série histórica 2021 a 2023. Fonte: IFAG

De acordo com o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás (Sindileite), Alfredo Luiz Correia, um dos principais fatores é a concorrência de mercado. “O que acontece são diversas variáveis, principalmente o consumidor. Não temos poder aquisitivo para aumentar o consumo. Segundo, o preço ofertado de países como os da América do Sul, nossos vizinhos, Uruguai e Argentina, que estão com preços menores”, explica.

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Conforme Alfredo, a tendência é mediada pela lei da oferta e procura. “O mercado que vai reagir de acordo com as necessidades que estão sendo ofertadas”, pondera o diretor do Sindileite. Segundo a Seapa, em Goiás, também houve recuo nas importações de lácteos, o que pode estar atrelado ao aumento da disponibilidade interna e à queda generalizada dos preços ao longo da cadeia produtiva brasileira.

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Apesar disso, a estimativa para 2023 é de que o valor bruto da produção de leite suba em 5,0% em Goiás, se comparado ao ano anterior. Mesmo assim, o estado de Goiás segue sendo o que apresenta menor estimativa de crescimento em relação a outros estados produtores, como Minas Gerais (5,3%), Rio Grande do Sul (6,9%), Paraná (9,7%), São Paulo (10,1%) e Santa Catarina (15,5%).

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.