Após uma sequência de quedas, o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras atinge nesta terça (22) o menor valor desde o dia 25 de agosto. Em um mês, desde que os preços começaram a cair, a redução acumulada é de 8,3%.
O consumidor, porém, ainda não está sendo beneficiado: segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço médio da gasolina nos postos brasileiros subiu 1,5% no mesmo período.
O atual ciclo de queda no preço foi iniciado no dia 25 de setembro, depois que a gasolina atingiu o maior valor desde que a Petrobras passou a divulgar preços diários (R$ 2,2514 por litro), em julho de 2017.
Desde então, foram sete sete reduções no preço do combustível, acompanhando a valorização do real frente ao dólar no período -entre 25 de setembro e esta segunda (22), o dólar ficou R$ 0,40 mais barato.
A política de preços da Petrobras é baseada em uma fórmula que considera as cotações internacionais dos combustíveis, o câmbio e custos para importar os produtos.
A estatal passou a ser questionada após escalada de preços no início do ano, que culminou com a greve dos caminhoneiros que paralisou o país por duas semanas.
Para encerrar a greve, o governo decidiu subsidiar o preço do óleo diesel, com desconto de R$ 0,30 por litro no preço de venda das refinarias e corte de R$ 0,16 por litro nos impostos federais.
A gasolina, porém continuou acompanhando as cotações internacionais. No dia 6 de setembro, a Petrobras autorizou sua área comercial a segurar reajustes por até 15 dias. Ainda assim, o preço bateu recorde no dia 14 daquele mês.
Os dados da ANP mostram que a onda recente de cortes nos preços ainda não chegou às bombas. Na semana passada, o litro da gasolina era vendido nos postos brasileiros, em média, a R$ 4,725.
É praticamente o mesmo do que os R$ 4,722 da semana anterior e 1,5% superior ao verificado na semana encerrada no dia 22 de setembro, antes do início dos cortes promovidos pela Petrobras. No ano, a alta acumulada é de 11%, já descontada a inflação.
De acordo com a pesquisa da ANP, não houve repasses nem por parte das distribuidoras -cujo preço subiu de R$ 2,229 para R$ 4,28 por litro no período – nem dos postos – a margem de lucro de revendedores cresceu R$ 0,022 por litro. (Folhapress)
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