O presidente da Câmara dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, afirmou nesta quarta-feira (17) ser contra qualquer julgamento apressado sobre o presidente Donald Trump. “Precisamos dos fatos.”
Ryan disse que “já há muitas investigações” no Congresso sobre a relação de Trump e membros de sua campanha presidencial com a Rússia. Questionado por um repórter se confia em Trump, o presidente da Câmara, um dos principais aliados de Trump no Legislativo, respondeu: “Eu confio”.
O jornal “The New York Times” revelou nesta terça (16) que Trump pedira, em fevereiro, ao então diretor do FBI (polícia federal americana) James Comey que encerrasse uma investigação sobre Michael Flynn, conselheiro de Segurança Nacional.
O registro do pedido de Trump estaria em um memorando escrito por Comey -demitido na semana passada-, de acordo com dois funcionários do governo que tiveram acesso ao documento. Flynn renunciou após a imprensa revelar que ele havia mentido ao vice-presidente, Mike Pence, sobre contatos com russos.
Se confirmada a existência do memorando -que não foi visto pela reportagem do “New York Times”-, essa será a primeira evidência de que o presidente tentou interferir nas investigações sobre possíveis ligações de membros da sua equipe com a Rússia durante as eleições.
Em nota, a Casa Branca negou que Trump tenha feito qualquer pedido a Comey e disse que a reportagem não é um “retrato verdadeiro ou exato da conversa” dos dois. (Folhapress)
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