22 de dezembro de 2024
Manobra • atualizado em 28/02/2023 às 20:21

Possibilidade de reeleição da mesa-diretora volta ao debate na Alego

Debate provocou controvérsia em alguns parlamentares que consideram cedo demais apreciar uma matéria dois meses após votação do assunto
Matéria voltou a pauta e aprovada pela CCJ nesta terça-feira (28) (Foto: Alego)
Matéria voltou a pauta e aprovada pela CCJ nesta terça-feira (28) (Foto: Alego)

Uma matéria aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), nesta terça-feira (28/02) pode permitir a reeleição da mesa-diretora, dois meses após os deputados estaduais votarem pelo fim da modalidade. O texto teve aprovação de 11 parlamentares com 2 contrários.

A matéria nº 0945/20 de autoria do deputado Talles Barreto (União Brasil) foi classificada pelo deputado Mauro Rubem (PT) ao Diário de Goiás como uma “emenda jabuti”. “Era uma PEC que tinha um objetivo e foi enxertada com essa situação da mesa-diretora”, destacou.

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De fato, o texto de Talles Barreto tratava-se de um “pedido” do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) que abria mão dos mecanismos de segurança do estado, como a Polícia Militar, que estão à disposição dos políticos depois do mandato. Na matéria, o tucano abria mão desse direito.

O deputado estadual Lincoln Tejota (União Brasil) também demonstrou insatisfação com a forma como o projeto foi apresentado. “Quero manifestar meu voto contrário. Não ao que está sendo discutido. Ninguém está falando aqui da possibilidade de reeleição do nosso grande amigo Bruno Peixoto. Eu acho que tem tudo para isso acontecer e a gente precisa discutir isso sim”, destacou.

Ao Diário de Goiás, Mauro Rubem disse que ainda não tem uma posição formada sobre como poderá votar essa matéria mas reclamou da tramitação rápida de projetos enviados pela Governadoria. “É importante que se vote com celeridade projetos emergenciais. Uma ponte caiu e precisa de recursos? Vamos atrás de votar o quanto antes”, exemplificou.  Ele defendeu uma discussão ampla sobre o projeto.

Lincoln também seguiu a mesma linha e lembrou que há pouco tempo os próprios parlamentares optaram pelo fim da reeleição. “Estamos falando de um projeto que há dois meses por unanimidade definimos que não teria reeleição. Agora sem discutir usando de uma estratégia regimental, desarquivar um projeto que foi arquivado em 2019 e afirmamos para a sociedade que todo o devido processo foi cumprido”, pontuou.

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) Bruno Peixoto destacou em entrevista coletiva que vai promover o amplo debate da matéria e destacou que o texto foi aprovado por 11 parlamentares na CCJ. “Tenho total respeito pela vontade da maioria”, ponderou. 

Peixoto ainda destacou que a bancada de 21 novos parlamentares promoveu uma mudança de pensamento entre os deputados e por isso o debate deverá ser posto à mesa. “Vamos ampliar o debate e quando estiver maduro estaremos apreciando a matéria. Sempre respeitando a vontade da maioria. A décima nona legislatura teve um pensamento. A vigésima legislatura houve uma oxigenação de 21 deputados. É natural que o pensar também possa ser alterado. Vamos sempre respeitar a vontade da maioria”, salientou.


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