07 de agosto de 2024
Unidade divergente

Por “unidade”, PT adia mais uma vez encontro estadual

Aliados no entanto contestam a demora e cobram celeridade na definição
O ex-reitor da PUC, Wolmir Amado ao lado da presidente do PT em Goiás, Katia Maria e da deputada estadual Adriana Accorsi (Foto: Reprodução/Facebook/PT)
O ex-reitor da PUC, Wolmir Amado ao lado da presidente do PT em Goiás, Katia Maria e da deputada estadual Adriana Accorsi (Foto: Reprodução/Facebook/PT)

O PT adiou novamente o Encontro Estadual da legenda que poderia sacramentar a definição do nome que representaria a Federação Brasil da Esperança na chapa majoritária como pré-candidato ao Governo de Goiás. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (09/06) e tem como justificativa o encontro junto com “outras legendas” da melhor “tática eleitoral” para ampliar o palanque ao pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) além de fazer oposição ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO).

Ainda que o motivo do adiamento seja a busca por “unidade”, o atraso na definição da pré-candidatura provoca insatisfação em outras legendas que caminham com o PT. Mais cedo, em entrevista ao Diário de Goiás, o presidente do PV, Cristiano Cunha cobrou celeridade em torno do assunto e considerava que as candidaturas – até mesmo a do petista Wolmir Amado, caso seja confirmada – ficam prejudicadas com a indefinição.

Sem data para acontecer um novo encontro, a nota que o PT enviou diz que a decisão do adiamento foi do Diretório Nacional petista.“Considerando que as teses, que seriam debatidas no Encontro, envolvem partidos que integram a coligação nacional e amplo leque de alianças que está sendo construído em torno da candidatura do Presidente Lula e que é necessário ampliar os entendimentos com estes partidos e lideranças políticas sobre a construção dos palanques estaduais, é que se decidiu por continuar os diálogos na busca da melhor tática eleitoral”, destaca.

O objetivo petista é, para além da vitória de Lula nas eleições nacionais, a ampliação da bancada de deputados federais e estaduais. “Estamos vivendo um momento fora da normalidade, em que o fascismo avança, 33 milhões de pessoas passam fome, 1,7 milhão estão na linha da pobreza em Goiás e a inflação e a carestia assombram. Não dá pra tratar igual uma eleição que será diferente. Nosso esforço é para construir a vitória do Lula em Goiás, derrotar o Caiado e ampliar nossa bancada de parlamentares federais e estaduais”, pontua.

Essa é a segunda vez que o Partido dos Trabalhadores decide adiar a definição mas apesar da busca por unidade, o PT viu o grupo se dividir. Na primeira ocasião, o PSB que vinha participando dos debates para a formatação de uma frente de forças progressistas, decidiu sair do projeto com a desistência do ex-governador José Eliton, que ficou insatisfeito com o adiamento da definição. O presidente do PSB, Elias Vaz, no entanto, tenta convencê-lo a voltar ao jogo mas de acordo com Cristiano Cunha, o ex-tucano só voltaria com apoio da Federação.


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