A proposta da Metodologia Ativa é colocar os alunos como principais agentes de seu aprendizado. Com ela, o estímulo à crítica e reflexão são incentivados pelo professor que conduz a aula, mas o centro desse processo é, de fato, o próprio aluno. Assim, é possível trabalhar o aprendizado de uma maneira mais participativa, uma vez que o envolvimento do estudante é que traz a fluidez e a essência da Metodologia Ativa.
Esse método aperfeiçoa a autonomia individual do aluno, desenvolvendo-o como um todo, para que ele seja capaz de compreender aspectos cognitivos, socioeconômicos, afetivos, políticos e culturais. De acordo com o Diretor de Metodologia do IPOG, Luciano Meira, a ideia central das metodologias ativas é fazer com que a experiência da aprendizagem seja uma co-criação entre o professor e os seus alunos.
Para se ter uma ideia do problema de uma metodologia não ativa, basta observar os dados publicados por Araújo e Sastre, no livro “Aprendizagem Baseada em Problemas”. Calcula-se que os estudantes retêm apenas 10% do que leem e 20% do que ouvem. Porém, quando se simula um problema, pode-se reter até 90% do que se aprendeu.
Segundo Meira, a questão é que você não pode gerar aprendizagem como se tentasse “encher um copo d´água”, antes é necessário fazer o aluno refletir, sentir, vivenciar e compartilhar. A neurociência já provou que memória e emoção estão profundamente conectados. O lugar mais indicado para não se aprender é estar em uma cadeira onde você fica passivamente ouvindo alguém falar por horas.
No processo de aprendizagem por meio da metodologia ativa, o professor usa estratégias diversas que procuram evitar passar para os alunos o conteúdo pronto e acabado ou exercícios mecânicos e repetitivos. Na verdade, as metodologias ativas criam provocações aos alunos bem antes da própria aula. Na chamada “sala de aula invertida”, os alunos estudam muito antes da aula e a aula se torna um palco estimulante de debates e aplicações.
As vantagens de estudar em uma instituição que adota essa forma de ensino é que você sai de lá com o conhecimento impregnado no corpo, na mente e na alma, afirma Meira. É comprovado que o índice de aprendizagem pode aumentar com esse método, mas é necessário que as metodologias ativas sejam muito bem elaboradas e aplicadas, considerando-se as necessidades específicas dos diversos públicos de alunos, diz o professor.
Há experiências de sucesso, mas também existem experiências de fracasso. A formação do professor e sua experiência é determinante. Por enquanto, uma minoria de professores é capaz de trabalhar com essas estratégias, conclui Meira.
Algumas referências citadas pelo especialista podem ser pesquisadas para levar a aprendizagem ativa para dentro das salas de aula, dentre elas estão: Aprendizagem baseada em Problemas; Aprendizagem baseada em Equipes; Sala de aula invertida; Ciclo Experiencial de Aprendizagem e Aplicativos que criam alto nível de interatividade em sala.
Podemos concluir que esse processo aumenta e muito a performance dos alunos em sala de aula. E é por isso que ele confronta o ensino que vemos nas faculdades tradicionais, que detém a informação, trabalham com disciplinas fragmentadas e aplicam avaliações que exigem memorização.
Simultaneamente às mudanças do mundo, os métodos de ensino também precisam ser mudados! As instituições de ensino que já adotaram esse processo perceberam um progresso no que diz respeito ao comprometimento, retenção de conteúdo e interação. Também é possível perceber que, ao longo do processo dessa metodologia, o índice de aprendizagem pode aumentar em até 90%.
Leia mais sobre: Empresas e Negócios