05 de dezembro de 2025
TRIBUTO QUESTIONADO • atualizado em 28/08/2025 às 15:13

Por 20×13, aprovada em 1ª votação a revogação da Taxa do Lixo de Goiânia

Vereadores dão primeiro passo para derrubar a Taxa de Limpeza Pública (TLP) em Goiânia um dia após CCJ liberar projeto que cancela a cobrança
Primeira votação no Plenário foi nesta quinta-feira e desagradou Paço novamente - Foto reprodução Agência Câmara de Goiânia
Primeira votação no Plenário foi nesta quinta-feira e desagradou Paço novamente - Foto reprodução Agência Câmara de Goiânia

Por 20 votos favoráveis e 13 contrários na primeira de duas votações previstas, em menos de meia hora de discussão, o plenário da Câmara Municipal de Goiânia deu o primeiro passo nesta quinta-feira (28) para revogar a lei que instituiu a Taxa da Limpeza Pública (TLP), conhecida como Taxa do Lixo..

Como mostrou o Diário de Goiás na quarta (27), o projeto foi pautado dentro da expectativa do autor, o vereador Lucas Vergílio (MDB,) que conseguiu aval da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) ainda na reunião daquele dia.

Na 1ª votação, 20 foram a favor do projeto que derruba a taxa:

  • Aava Santiago (PSDB)
  • Bruno Diniz (MDB)
  • Cabo Senna (PRD)
  • Coronel Urzeda (PL)
  • Daniela da Gila (PRTB)
  • Denício Trindade (UB)
  • Fabrício Rosa (PT)
  • Géverson Abel (Republicanos)
  • Igor Franco (MDB)
  • Kátia Maria (PT)
  • Léo José (SD)
  • Luan Alves (MDB)
  • Lucas Kitão (UB)
  • Lucas Vergílio (MDB)
  • Markin Goya (PRD)
  • Pedro Azulão Jr (MDB)
  • Sanches da Federal (PP)
  • Vítor Hugo (PL)
  • Welton Lemos (SD)
  • Willian Veloso (PL)

Treze vereadores foram contra o projeto que derruba a Taxa do Lixo:

  • Anselmo Pereira (MDB)
  • Bessa (DC)
  • Dr Gustavo (Agir)
  • Henrique Alves (MDB)
  • Heyler Leão (PP)
  • Isaias Ribeiro (Republicanos)
  • Juarez Lopes (PDT)
  • Léia Klébia (Pode)
  • Rose Cruvinel (UB)
  • Sargento Novandir (MDB)
  • Thialu Guiotti (Avante)
  • Tião Peixoto (PSDB)
  • Willian do Armazém (PRTB)

A TLP passou a ser cobrada dos contribuintes de Goiânia em julho nas contas da Saneago, concessionária de fornecimento de água.

Entretanto, o parlamentar havia questionado a instituição do tributo antes dele entrar em vigor o que, na avaliação de Lucas Vergílio, dava legalidade aos questionamentos apresentados contra um arquivamento CCJ com base em renúncia fiscal.

A aprovação na CCJ, com apenas um voto contra dos 14 membros, acendeu a luz de alerta no Paço Municipal que deve ter permanecido acesa, já que a matéria entrou na pauta de votações no dia seguinte.

Em fase de “reestruturação” após desacertos com o prefeito Sandro Mabel, a base governista na da Câmara Municipal de Goiânia se dividiu na votação. Parte defendeu a manutenção da taxa insistindo que seu cancelamento fere a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a qual impede renúncia de receita sem apontar outra fonte de arrecadação.

Já Lucas Vergílio voltou a descartar esse argumento dizendo que, se a TLP não consta na previsão orçamentária do município para 2025, deixar de cobrá-la não representa renúncia fiscal.

“A ausência de previsão expressa nos anexos da LOA confirma que não há expectativa legítima de receita que possa ser renunciada, uma vez que a referida taxa sequer compõe as fontes previstas para a cobertura de despesas correntes”.

Próximos passos

Além de uma análise pela Comissão de Finanças, Orçamento e Economia da Câmara Municipal, o projeto que pode acabar com a cobrança da taxa em Goiânia vai passar ainda por uma segunda votação, com grande tendência de ser novamente aprovado a julgar pela folga de sete votos de frente na votação desta quinta.

Depois, ele será enviado ao prefeito Sandro Mabel (UB), que pode sancionar ou vetar o projeto.

Demonstrando irritação e decepção com o risco de perder a fonte de recursos vinda da taxa, que é de grande interesse do Paço, na quarta-feira Mabel questionou a atuação da Câmara em matéria tributária. O prefeito afirmou que o Legislativo estava extrapolando sua competência.

Caso o prefeito vete o projeto, seu veto vai ser analisado pelo Plenário da Câmara. Se derrubado, vai representar nova derrota para o Executivo sobre esta matéria.


Leia mais sobre: / / / Cidades / Goiânia / Política