A Polícia Civil de Goiás prendeu, na manhã deste domingo (2), um policial penal acusado de fornecer a arma utilizada no homicídio do advogado Cássio Bruno Barroso, ocorrido em 3 de outubro de 2024, em frente ao escritório da vítima, em Rio Verde. A prisão foi realizada pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Rio Verde, com apoio da equipe de Itaberaí.
As investigações tiveram início a partir de um vídeo gravado pelo executor do crime, no qual é possível identificar a numeração da arma utilizada. Esse detalhe levou à prisão do proprietário da arma, em Montes Claros de Goiás, no dia 14 de janeiro de 2025. O homem, que é colecionador, atirador e caçador (CAC) e possui registro da pistola, revelou que havia vendido a arma ao policial penal, que na época exercia a função de diretor do presídio de Mozarlândia.

Na tentativa de obstruir as investigações, o policial penal apresentou uma arma semelhante à utilizada no crime, mas a polícia rapidamente constatou a fraude. O acusado foi capturado na BR-070, entre as cidades de Goiás e Itaberaí, e entregue à Corregedoria do sistema prisional, que acompanhou as diligências. Durante buscas na residência do policial, outras duas armas de fogo foram apreendidas.
O crime
A vítima foi morta com quatro tiros na região do abdômen, em frente ao escritório de advocacia do qual era sócio em 3 de outubro de 2024. Segundo o delegado Adelson Candeo, o mandante do crime e a vítima disputavam judicialmente uma fazenda avaliada em cerca de R$ 100 milhões. A propriedade havia sido adquirida pela vítima, mas ocupada ilegalmente pelo suspeito desde 2006.
O crime ocorreu na Avenida Eurico Veloso do Carmo, no Jardim Adriana. A Guarda Civil Municipal (GCM) informou que os agentes tentaram prestar os primeiros socorros a Cássio. A vítima chegou a receber socorro, mas morreu no local. Os suspeitos fugiram após o assassinato, mas foram localizados em menos de 24 horas.
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