A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), deflagou nesta terça-feira (4), a Operação Überfallen para cumprir três mandados de prisão e um mandado de busca e apreensão contra três indivíduos envolvidos em uma associação criminosa voltada à prática de diversos crimes de furto de veículos mediante fraude, estelionato e uso de documento falso.
O golpe consistia na locação de veículos por indivíduos que trabalham como parceiros da plataforma Uber, mediante utilização de documentos falsos, para a realização do transporte de passageiros.
Mas, após a locação, esses indivíduos alienavam e faziam uma falsa comunicação de crime de furto e roubo do automóvel locado. Até o presente momento, apurou-se que há sete veículos que, foram subtraídos pelo grupo. “O que chamou a nossa atenção foi o número de registro de furtos de automóveis de locadoras. A partir daí, começamos a investigar os casos e chegamos até os suspeitos”, explica o delegado Alexandre Netto Moreira.
Foram presos os investigados Cleiton Tomes Sobrinho, Aflandson Pereira da Silva e Anderson Rocha Medeiros, este apontado como receptador dos veículos subtraídos.
Em nota a Uber disse estar adotando medidas para diminuir os riscos de fraude no sistema:
A empresa está à disposição para colaborar com as autoridades no curso de investigações ou processos judiciais, nos termos da lei. A Uber também vem adotando medidas para diminuir os riscos de fraude, recentemente, a Uber anunciou o fechamento de contrato de âmbito nacional com o Serpro. Por meio dele, a empresa pode, em tempo real, obter a confirmação de informações cadastrais sobre veículos, motoristas e candidatos a motorista. A checagem é feita pelo DataValid, solução desenvolvida pelo Serpro que, com a autorização do Denatran, verifica informações da CNH e do CRLV dos motoristas interessados em trabalhar para Uber.
Além disso, de tempos em tempos, o aplicativo da Uber pede, aleatoriamente, para que os motoristas parceiros tirem uma selfie, antes de aceitar uma viagem ou de entrar on-line. Todos os motoristas parceiros cadastrados na Uber, antes de começar a conduzir passageiros, passam por uma checagem de antecedentes criminais. Esse processo acontece nos termos da lei e é realizado por empresa especializada. A partir dos documentos fornecidos para registro na plataforma, a empresa consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o país, em busca de apontamentos criminais antes do profissional começar a dirigir utilizando o app. A Uber também realiza rechecagens periódicas dos motoristas já aprovados pelo menos uma vez a cada 12 meses.