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Polícia Civil aponta 21 vítimas de danos estéticos causados por dentista em Goiás

Por 7 meses atrás

As investigações da Polícia Civil sobre a dentista Hellen Kacia Matias da Silva, denunciada por deformar pacientes após a realização de procedimentos estéticos, contabilizou 21 vítimas de danos. Além de Hellen, outros três dentistas foram indiciados por exercício ilegal da medicina e crimes contra o consumidor. A mulher foi presa no dia 30 de janeiro e segue em prisão preventiva, com pedido de soltura sendo analisado, conforme informado pela defesa.

Segundo as denúncias, os pacientes que realizaram procedimentos estéticos com a dentista ficaram com os rostos deformados. Em relação aos casos, já foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Goiânia e Santa Bárbara de Goiás.

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A defesa da dentista, por meio de nota, relatou que dos 21 pacientes ouvidos, apenas foram produzidos dois laudos de Auto de Corpo de Delito, isto é, prova para dar base às acusações. De acordo com a defesa.

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“No primeiro laudo, já se exclui totalmente o crime de lesão corporal. Já o segundo laudo deixa claro que a paciente teve 4 intervenções de outra profissional. Ou seja, a paciente fez uma blefaroplastia realizada por outra profissional e a nossa cliente apenas fez a correção de um procedimento realizado anteriormente. Reiteramos que o atendimento feito pela nossa cliente foi em caráter reparador dentro das competências do cirurgião Buco Maxilo Facial, havendo melhora relatada pela suposta vítima no quadro tratado”, dizem.

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Exercício ilegal

Com duas inscrições ativas no Conselho Regional de Odontologia (CRO), a dentista pode realizar procedimentos de harmonização orofacial e atuar como cirurgiã dentista, mas estava realizando cirurgias estéticas proibidas pelo CRO, sendo procedimentos que só podem ser feitos por cirurgiões plásticos devidamente qualificados.

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A Polícia Civil concluiu que a dentista praticava cirurgias de redução de nariz (alectomia), retirada de pele excessiva dos olhos (blefaroplastia) e lipo de papada (face lifting), por exemplo.

Por meio de nota, o CRO de Goiás afirmou que as medidas administrativas já estão sendo tomadas, seguindo em sigilo, além de ter se colocado à disposição das autoridades competentes e da população para esclarecimentos.

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Maria Paula

Jornalista formada pela PUC-GO em 2022 e MBA em Marketing pela USP.