25 de novembro de 2024
Polêmica • atualizado em 28/12/2022 às 16:10

Policarpo dispara contra gestão municipal e diz que não votará projeto que libera R$ 30 milhões para a Comurg

Presidente da Câmara dos Vereadores não poupou críticas à gestão municipal e direcionou críticas ao chefe de gabinete do prefeito Rogério Cruz
Romário Policarpo, presidente da Câmara dos Vereadores (Foto: Reprodução/Facebook)
Romário Policarpo, presidente da Câmara dos Vereadores (Foto: Reprodução/Facebook)

O presidente da Câmara dos Vereadores de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota) não poupou críticas à gestão municipal tocada pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) em sessão da Casa, nesta quarta-feira (28/12). Disse que quando a Comurg foi entregue a atual administração ela estava saneada e insinuou que a Companhia foi ‘tomada’ por pessoas ‘irresponsáveis’.

Policarpo destacou que não votará o projeto que liberará crédito suplementar à Comurg, sem antes saber exatamente a destinação dos recursos disponibilizados à Companhia. “Eu tenho total disposição para pautar isso aqui o mês de janeiro inteiro. Desde que a própria Prefeitura justifique para onde é o dinheiro”, salientou.

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O presidente da Casa direcionou parte das críticas ao chefe de gabinete do prefeito Rogério Cruz, José Firmino, também do Republicanos. Policarpo chamou o republicano de “covarde”. Policarpo crava que Firmino atribuia a responsabilidade da má-gestão a dificuldade que os vereadores estavam impondo ao projeto que liberava recursos.

“Nós entregamos a Comurg. Digo nós porque ajudei a gestão do então prefeito Iris Rezende a sanar a Comurg. A Comurg foi entregue sanada e resolvida e em dois anos a gente se depara com a crise do lixo novamente”

(ROMÁRIO POLICARPO, vereador)

Policarpo: Ao pedir recursos, prefeitura admite erro e má gestão

Policarpo usa, na justificativa que a Prefeitura enviou para pedir o crédito à Comurg, a fonte para disparar contra a administração. É que de acordo com o texto, os recursos suplementares eram para “a realização de despesas não previstas ou insuficientes previstas na Lei Orçamentária em razão de erro de planejamento ou fatos imprevistos, bem como para a utilização de recursos que venham a ficar sem desepsas correspondentes em relação de crédito”.

“A Prefeitura tá admitindo o erro dela aqui. Nós ficamos mais uma semana na Câmara Municipal para votar esse projeto. E a Prefeitura mais uma vez, covardemente, quer colocar na Câmara Municipal sua irresponsabilidade por não dar conta de gerir uma empresa”

(ROMÁRIO POLICARPO, vereador)

Policarpo manteve críticas e disse que não insinuava que havia corrupção ou desvios de recursos na Comurg. Mas faltava responsabilidade por parte dos gestores que sequer conheciam a capital. 

“Agora, empresa não é para fazer farra do boi. É para ser gerida com responsabilidade. Empresa não é para ser gerida por amigos. Trouxeram um monte de gente lá do Rio Grande do Norte que não sabem onde é a Avenida Goiás e Avenida Anhanguera. Mal sabiam onde era a Prefeitura de Goiânia e eu acho que não sabiam o nome do prefeito eleito de Goiânia.” 

(ROMÁRIO POLICARPO, vereador)

Por fim, atribuiu aos contratos realizados um dos principais motivos para a má gestão da companhia. “Arrebentaram com a Comurg quando inventaram de fazer inúmeros contratos com diversas secretarias fazendo com que as despesas da Comurg não fossem pagas em dia. Agora querem culpar a Câmara Municipal pela incompetência administrativas por esses gestores? Essa Casa não será culpada por incompetência administrativa da Prefeitura”, destacou.

Horas após o discurso, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) pediu a retirada e arquivamento do projeto da pauta.


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