22 de dezembro de 2024
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PM que prendeu secretário do PT com adesivo “Bolsonaro Genocida” é afastado

Foto: Reprodução
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O policial militar que prendeu o secretário estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), por se recusar a retirar adesivo com frase “Fora Bolsonaro Genocida” de seu veículo, foi afastado de suas funções, de acordo com nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), nesta terça-feira (1). 

Arquidones Bites foi detido pelo policial com base no artigo 26 da Lei 7.170, de Segurança Nacional, que prevê como crime “caluniar ou difamar o presidente da República”. O secretário foi liberado após prestar depoimento à Polícia Federal, por esta entender que não houve crime cometido.

Em nota, a SSP afirma que o policial militar “responderá a inquérito policial e procedimento disciplinar para apuração de sua conduta”. O órgão ressalta que “não coaduna com qualquer tipo de abuso de autoridade, venha de onde vier. Assim sendo, todas as condutas que extrapolem os limites da lei são apuradas com o máximo rigor, independentemente do agente ou da motivação de quem a pratica”.

Prisão

Arquidones Bites foi enquadrado no município de Trindade (GO) e preso após um policial militar afirmar que a frase “Fora Bolsonaro Genocida”, plotada no capô de seu carro, se trata de calúnia e crime. O policial exigiu que o secretário retirasse o adesivo do carro. Com a recusa, foi levado pela equipe.

Presidente estadual do PT, Kátia Maria acompanhou o colega na Polícia Federal e deu detalhes sobre o ocorrido em vídeo publicado nas redes sociais do Partido dos Trabalhadores. 

“Pessoal, estou aqui na sede da Polícia Federal em Goiânia, onde o Arquidones Bites, nosso secretário estadual de movimentos populares, foi trazido, uma vez, abordado em Trindade pela Polícia MIlitar por ter no seu carro uma faixa no tampão do carro dizendo “Fora Bolsonaro. Genocida” e não quis tirar a faixa e por isso foi enquadrado e preso. Foi levado para a delegacia de Trindade”, disse. 

“Eles não quiseram registrar ocorrência e [o Arquidones] foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional e está aqui na Polícia Federal aguardando para prestar depoimento ao delegado. E estamos aqui, indignados e acompanhando de perto para que a justiça seja feita e garantir as liberdades democráticas e que o Brasil volte a ter uma democracia pujante e que as pessoas possam manifestar sua opinião”, desabafou a presidente do PT em Goiás.


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