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Cidades
| Em 1 dia atrás

Pit dogs sonham com regularização no governo Mabel

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Após um período de embates em função da falta de regularização de estabelecimentos, representantes da categoria de pit dogs de Goiânia se mostram otimistas com a gestão de Sandro Mabel (UB). A expectativa, segundo o presidente do Sindicato dos Proprietários de Pit Dogs e Lanches do Estado de Goiás (SindPitdog-GO), Ademildo Godoy, é para a legalização total do serviço.

“Pelo menos uma coisa é certa: eles estão dialogando com a gente. Isso é bom. Quando o gestor não dialoga, a gente preocupa, porque ele não quer assumir compromisso. Eles me procuraram para conversar e eu estou muito otimista com o governo do Sandro Mabel”, pontuou o representante da categoria, em entrevista ao Diário de Goiás.

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Dentre as reivindicações, Godoy destacou a legalização de todos os estabelecimentos da capital, bem como a melhoraria da iluminação, visto que os pit dogs fazem, segundo o presidente do sindicato, parte da cultura da cidade. “Quando tem um evento [em Goiânia], a pessoa vem, ouve uma música, mas ele também come o sanduíche. Então, circula dinheiro se a pessoa vai em um evento e no final quer comer um sanduíche nosso para repor as energias”, frisou.

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Os pit dogs são reconhecidos pelo poder Executivo municipal e estadual como Patrimônio Cultural e Imaterial de Goiânia e do Estado de Goiás.

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Questionado, no entanto, a respeito do número de pit dogs existentes em Goiânia e a quantidade de estabelecimentos que permanecem sem regularização, Ademildo afirmou não ter um dado real em função da falta de comunicação com a gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (Solidariedade).

“O governo Rogério Cruz era muito difícil o diálogo, muito desorganizado, tinha muita politicagem. Espero que o Mabel faça uma política agora, a médio e longo prazo, transparente, dando a opção de as pessoas legalizarem. E se for preciso tirar um pit dog de um local e passar para outro, vamos mudar. Nós não podemos ser empecilho para Goiânia”, ponderou o presidente do sindicato que representa a categoria.

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Em 2018, a Prefeitura de Goiânia chegou a iniciar a remoção de pit dogs alegando que cerca de 70% estavam em situação irregular. A retirada foi suspensa após negociação com o sindicato da categoria e o então prefeito Iris Rezende, que chegou a criar uma comissão para estudar normatização para o serviço.

História

Conforme matéria publicada neste veículo, o primeiro pit dog de Goiânia foi criado em 1972, na Rua 7, no Centro. O fundador da sanduicheria foi Jacob Abdalla Rassi (que morreu em 2022, aos 76 anos), com o irmão Jorge Rassi, vindos do Paraná. No Sul do Brasil, esse tipo de serviço é chamado de lancheria.

Os irmãos batizaram o nome do estabelecimento de Piti Dog. Na fachada na cor amarela reluzia a logomarca com a ilustração de um cachorro que seria uma alusão ao cão da família. O local quase foi batizado de “Little Dog” (pequeno cachorro), depois a sugestão foi aperfeiçoada para “Petit Dog”, um nome que misturava francês e inglês.

No entanto, os irmãos acharam que a mistura ficaria confusa e aportuguesaram o termo criado. No ano seguinte, em 1973, Jorge e Jacob já haviam ampliado o negócio com o uso de trailers em outros pontos da cidade, como nas praças do Avião, Tamandaré, Cruzeiro e Universitária. O Piti Dog original durou três anos na rua 7.

Em depoimento ao jornal O Popular em 2020, Jorge Rassi explicou que a família, no entanto, não fez o registro do nome pit dog, o que protegeria o uso do nome e marca.

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