O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás no primeiro trimestre de 2012 apresentou crescimento estimado de 6,6%, em comparação ao mesmo trimestre de 2011. O cálculo é da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), que divulga pela segunda vez o indicador, que reflete a conjuntura econômica goiana no curto prazo e antecede o cálculo do PIB anual. A expansão de toda a riqueza gerada no Estado nos primeiros três meses do ano supera a média nacional, já que o PIB do período no País registrou índice de 0,8%.
Os dados do PIB goiano referente ao primeiro trimestre de 2012 foram divulgados nessa quarta-feira (136) na sede do Conselho Regional de Economia (Corecon-GO). Participaram do evento o secretário de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci, e o presidente do Corecon, Álen Rodrigues de Oliveira, além da superintendente de Estatísticas, Pesquisa e Informações Socioeconômicas da Segplan, Lillian Prado.
Para Giuseppe Vecci, se for comparado com a taxa brasileira de 0,8%, a do PIB goiano apurado no mesmo período, o primeiro trimestre deste ano, foi um resultado que surpreendeu, ao crescer 6,6%. “Isso demonstra que a economia goiana continua pujante. Nesse momento que se tem ganhos, precisamos ampliar, reformular a política de atração de investimentos para Goiás e continuar desenvolvendo esse trabalho de prospecção de negócios que sejam positivos para nosso desenvolvimento”, afirmou.
Conforme a Segplan, o crescimento do PIB de Goiás no primeiro trimestre de 2012 é resultado principalmente do desempenho da agropecuária e da indústria. No período, a agropecuária registrou taxa de 9,7%, devido aos incrementos observados nos cultivos das lavouras temporárias, que avançaram 9,5%. A safra de grãos goiana cresceu 10,7% este ano, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), posição de março. Esse resultado posiciona Goiás como o quarto maior produtor nacional.
De acordo com o mesmo levantamento do IBGE, a soja, principal cultura do Estado, teve avanço de 7,4%. Também se destacaram o milho (33,9%) e o feijão (19,9%). Já cana de açúcar e sorgo registraram queda, respectivamente de 2,2% e 16,7%. A Segplan apurou ainda que o setor pecuário apresentou elevação de 3,8%.
Indústria
No primeiro trimestre deste ano, a taxa apurada na indústria goiana foi de 9,5%, com destaque para a indústria de transformação, que teve incremento de 9,9%. O volume do valor adicionado dos serviços industriais de utilidade pública (eletricidade, gás, água e limpeza urbana) expandiu 22,4% no período, principalmente devido ao aumento na geração e consumo de energia elétrica em relação ao registrado no mesmo trimestre do ano anterior.
De acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do IBGE, houve crescimento de 18,8% na indústria goiana no primeiro trimestre deste ano. A indústria de transformação teve taxa de 20,1%, com ênfase na expansão de 84,7% na fabricação dos produtos químicos, influenciada pelos medicamentos. Já o segmento de minerais não metálicos registrou índice de 18,1%, impulsionado pela produção de cimento.
O setor de serviços apresentou crescimento de 4,5% nos primeiros três meses de 2012 em relação ao mesmo período de 2011. Contribuíram para essa expansão os segmentos do comércio e de transportes. Segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, o volume de vendas do comércio varejista goiano cresceu 8,1% no primeiro trimestre do ano, sobre igual período de 2011. O bom resultado do comércio varejista no Estado pode ser atribuído à melhora da renda do trabalhador em termos reais.
Cálculo
O PIB Trimestral de Goiás foi calculado a partir do ano de 2002, início da nova base de contas regionais, visa estimar trimestralmente a variação real do agregado macroeconômico referente à economia goiana, através da evolução da produção física de seus principais setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços). Para isso, a Segplan desenvolveu uma metodologia própria, ajustada à do PIB anual goiano, quando consolidado.
Vale lembrar que o PIB Trimestral está sujeito a frequentes revisões, seja pela obtenção de informações mais recentes, seja por mudanças que podem ocorrer em seu cálculo. Portanto, os resultados disponíveis serão atualizados, passando a incorporar todas as revisões. A decisão de divulgar o indicador se deve ao fato dele ser um importante elemento para subsidiar a elaboração de políticas públicas, estudos e outras demandas da sociedade. (Com informações da Segplan)
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