07 de agosto de 2024
Investigação

PF investiga viagem de Torres à Bahia nas vésperas do 2° turno para pedir “apoio” da PRF para interferir no fluxo de eleitores 

A investigação aponta para a existência de um “boletim de inteligência”, produzido em outubro de 2022, que detalhava os locais onde o então candidato Lula havia sido mais votado no primeiro turno
PF investiga viagem de Anderson Torres à Bahia. (Foto: Divulgação)
PF investiga viagem de Anderson Torres à Bahia. (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal (PF), investiga uma viagem feita pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, às vésperas do segundo turno das eleições 2022 à Bahia. A investigação aponta para a existência de um “boletim de inteligência”, produzido em outubro de 2022, que detalhava os locais onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia sido mais votado no primeiro turno. A informação é do O Globo.

De acordo com a PF, o documento foi produzido pela diretora de Inteligência do Ministério da Justiça à época, Marília Alencar, delegada que foi trabalhar diretamente com Anderson Torres na Secretaria de Segurança do Distrito Federal em 2022.

Portanto, a suspeita da PF é que as informações foram úteis para colocar em prática uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno da eleição presidencial, onde na ocasião, foi registrado maior número de blitzes na região Nordeste, onde Lula receberia maior quantidade de votos.

Ainda de acordo com O Globo, Marília tentou apagar o boletim do celular, mas a PF conseguiu recuperar o documento.

No decorrer da investigação, a corporação descobriu uma viagem de Torres à Bahia, na véspera do segundo turno, acompanhado do então diretor da PF Marcio Nunes. O objetivo seria pressionar o então superintendente regional, Leandro Almada, a atuar na operação no dia da eleição, dando apoio à PRF.

Além disso, a Polícia Federal (PF), encontrou na casa do ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, uma minuta golpista, ou seja, uma proposta de decreto para o então presidente instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O objetivo, era reverter o resultado da eleição, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vencedor. Tal medida seria inconstitucional.

Vale lembrar que Torres está preso desde janeiro deste ano por conta dos atos golpistas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro.


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