A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça-feira (21), mandados de busca e apreensão no gabinete do senador José Serra (PSDB-SP), no apartamento funcional dele em Brasília e em dois imóveis pertencentes ao parlamentar em São Paulo. Ele é investigado por um suposto recebimento de caixa 2 na campanha que o elegou para o Senado, em 2014.
Segundo os investigadores, Serra recebeu R$ 5 milhões em doações não contabilizadas a mando do empresário José Serpieri Júnior, da Qualicorp, alvo de um mandado de prisão. O dinheiro foi pago em uma parcela de R$ 3 milhões e duas de R$ 1 milhão.
A operação, que foi denominada Paralelo 23, é uma nova fase da Lava Jato que apura crimes eleitorais e é feita em conjunto com o Ministério Público Eleitoral (MPE). As apurações se restringem a fatos de 2014, quando Serra ainda não tinha o mandato de senador.
Conforme a PF, três pessoas foram presas até 8h45, mas os nomes não foram divulgados. São quatro mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em São Paulo, Brasília, Itatiba e Itu.
Outra operação
No início do mês, o senador foi denunciado por lavagem de dinheiro, Segundo o Ministério Público Federal, a Odebrecht pagou a Serra cerca de R$ 4,5 milhões entre 2006 e 2007, supostamente para usar na sua campanha ao governo do estado de São Paulo. Outros cerca de R$ 23 milhões foram pagos entre 2009 e 2010, para a liberação de créditos com a Dersa, estatal paulista extinta no ano passado, ainda segundo a denúncia.
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