Investigados por descaminho de cargas ilegais, contrabando, corrupção e outros crimes, cinco policiais militares lotados em Jataí e Mineiros, na região Sudoeste de Goiás, foram alvos de uma operação nesta terça-feira (4). A operação foi coordenada pela Polícia Federal (PF) e pela Polícia Militar (PM) através da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/GO).
Denominada de Operação Scutum, a ação visou desarticular o grupo composto pelos PMs e por outros envolvidos em “corrupção passiva, facilitação de contrabando e descaminho, lavagem de dinheiro, agiotagem, extorsão e formação de quadrilha”, conforme divulgou a PF. Alguns suspeitos continuam sendo investigados.
A PM informou que os policiais já estavam afastados das ruas e que a operação foi em decorrência de informações que a própria instituição repassou. A Corregedoria da corporação acompanhou a operação desta terça.
Mandados cumpridos em Goiás e Paraná
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Mineiros e 1 mandado na cidade de Londrina (PR), incluindo empresas que também são alvos das investigações.
A Justiça Federal também determinou o afastamento cautelar dos cinco policiais militares de suas funções. Segundo afirmou o comandante-geral da PM, coronel Marcelo Granja, durante entrevista coletiva após a operação, com as primeiras suspeitas, há cerca de seis meses, os policiais tiveram as armas recolhidas e estavam no serviço administrativo, fora do policiamento operacional. Agora, a decisão judicial mantém o afastamento enquanto a PF segue na investigação.
As informações repassadas pela PM apontavam indícios de práticas ilícitas por parte dos policiais, incluindo cooptação e desvio de cargas ilegais, revenda de produtos contrabandeados e uso de empresas de fachada e “laranjas” para ocultação de valores.
Movimentações de altas somas chamou a atenção da PM
Além disso, foram identificadas movimentações financeiras muito acima dos salários e, portanto, incompatíveis com os rendimentos declarados pelos investigados. Também foram identificadas transações bancárias entre os membros do grupo, evidenciando a existência de um esquema estruturado de agiotagem e lavagem de dinheiro.
A FICCO/GO é composta Polícia Federal (PF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Polícia Penal de Goiás (PPGO), Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) e Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).
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