05 de dezembro de 2025
Cidades

PF desarticula esquema de fraudes em licitações da Prefeitura de Caçu usando empresas de fachada

Operação da PF fez buscas em Caçu e Goiânia Foto divulgação PF
Operação da PF fez buscas em Caçu e Goiânia Foto divulgação PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (20), a Operação Dominus Consortium para desarticular um grupo especializado em criar várias empresas para fraudar licitações no município de Caçu, na região Sudoeste. Desde 2020 as empresas fictícias se revezavam em licitações para a venda de produtos elétricos e para construção fornecidos para a Prefeitura de Caçu.

Foram cumpridos em Goiânia e Caçu três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Os locais e alvos não foram informados.

Empresas fictícias se revezavam em licitações desde 2020, aponta Polícia Federal

A investigação teve início em 2023 relatou o delegado Jorge Florêncio, chefe da Delegacia de Polícia Federal em Jataí. A PF verificou que o grupo de empresas atuava de forma coordenada para frustrar a concorrência em licitações no fornecimento de materiais elétricos e de construção. As empresas foram criadas entre 2020 e 2024 com a intenção de dar continuidade às práticas criminosas se alternando.

Após o cumprimento dos mandatos a investigação continua com a análise do material apreendido. Eles podem responder por frustração do caráter competitivo das licitações e associação criminosa.

Delegado explica como funcionava o esquema de fraudes

“Entre 2020 e 2024 o grupo investigado criou empresas de fachada sem qualquer estrutura, aparentemente em nome de laranjas, para forjar os processos licitatórios”, enfatizou o delegado. A fraude, explicou ele, impedia a escolha da proposta mais vantajosa pela prefeitura e a garantia de contratação transparente de bens e obras.

A investigação apontou que o princípio da competição justa nas licitações não acontecia por causa do esquema. Florêncio lembra que a conduta fere a moralidade, a legalidade e a competitividade das licitações. A PF está investigando quem mais está envolvido com o esquema.

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Não foi citado pela Polícia Federal se a prefeitura era um dos alvos da operação desta quarta. Como o esquema atingia licitações públicas municipais, a reportagem tentou ouvir o atual prefeito, Kelson Souza Vilarinho (UB), mas os telefones informados no portal da cidade não atenderam no início da tarde desta quarta. Foram enviados e-mails abrindo espaço, mas a resposta ainda não foi enviada e quando isto ocorrer esse texto será atualizado.


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