A análise conjunta da Polícia Federal e da Polícia Científica do Pará concluiu que a embarcação com os nove corpos que foram encontrados à deriva no litoral paraense, próximo a Bragança, no último sábado (13), vieram da África. Inicialmente, foram localizados oito corpos dentro da embarcação e um nono corpo próximo, em circunstâncias indicativas de pertencer ao mesmo grupo de vítimas.

Os documentos e objetos encontrados junto aos corpos sugerem que eles eram migrantes oriundos da Mauritânia e Mali, embora não se descarte a presença de pessoas de outras nacionalidades, inclusive do Caribe.

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Durante os trabalhos de busca e resgate, realizados no domingo (14), os corpos foram encontrados em estado de decomposição, dificultando a identificação imediata. As autoridades iniciaram o processo de identificação na noite de segunda-feira (15), utilizando os protocolos da Interpol para identificação de vítimas de desastres (DVI). Esses protocolos permitem identificar vítimas mesmo em avançado estado de decomposição, através de amostras de DNA, impressões digitais, características físicas, registros odontológicos e objetos pessoais.

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Além de estabelecer a identidade das vítimas, os trabalhos periciais visam determinar a origem dos passageiros, as causas das mortes e o tempo decorrido desde os óbitos. Para auxiliar nas operações de resgate, uma embarcação da Marinha e um bote dos bombeiros militares de Bragança foram mobilizados, contando com a participação da Guarda Municipal, Defesa Civil Municipal, Polícia Científica do Pará e o Departamento Municipal de Mobilidade Urbana e Trânsito de Bragança.

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