A Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, realiza nesta terça duas operações para desmantelar grupos criminosos voltados ao tráfico internacional de cocaína por portos marítimos de Santa Catarina.
As quadrilhas inseriam cargas de drogas em contêineres que exportavam mercadorias legais.
As operações, batizadas de Oceano Branco e Contentor, contam com cerca de 450 policiais federais e 25 servidores da Receita. São cumpridos 104 mandados de busca e apreensão, 45 mandados de prisão preventiva, 15 de prisão temporária, 12 conduções coercitivas e sequestros de bens móveis e imóveis, além do bloqueio de contas bancária.
Os Estados atingidos são Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro. Nas duas operações houve apreensões de droga no país e no exterior.
Iniciada no fim de 2016 na Delegacia de Polícia Federal em Joinville (SC), a operação apreendeu cerca de duas toneladas de cocaína. Apurou-se que a droga era adquirida na fronteira com a Bolívia e entrava no Brasil em pequenos aviões que pousavam no aeroclube de São Francisco do Sul (SC). De lá, era levada para chácaras, disposta em bolsas e inseridas em contêineres que sairiam pelo porto de Itapoá.
A operação, que teve início em março de 2016 em Itajaí (SC), apreendeu seis toneladas de cocaína em 12 ações no Brasil e no exterior. A investigação apurou que três grupos criminosos embarcavam grandes quantidades da droga por meio de contêineres que partiam do Complexo Portuário Itajaí-Navegantes, escondida em cargas de mercadorias como bobinas de aço, abacaxi em latas e blocos de granito.
Os investigados poderão ser indiciados pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico internacional de entorpecentes, bem como falsificação de documentos e uso de documentos falsos. (Folhapress)