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PF apreende R$ 164 mil em dinheiro, dólares e euros com suspeito de fraudar cartões de vacina de Bolsonaro

Por 2 meses atrás

Nesta quinta-feira (4) a Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 164 mil em dinheiro vivo, além de US$ 5,7 mil (cerca de R$ 31,2 mil pela conversão do dia), mais €$ 170 (aproximadamente R$ 1 mil) na casa do ex-prefeito de Duque de Caxias e atual secretário de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, Washington Reis (MDB), um dos alvos da segunda fase da operação que apura supostas fraudes em cartões de vacinação da Covid-19, incluindo a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A nova fase da operação foi deflagrada nesta quinta.

As informações sobre os valores apreendidos são de Guilherme Mazieiro, colunista do portal Terra.

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Operação mira fraudes nos sistemas do Ministério da Saúde

A Operação Venire investiga a existência de associação criminosa responsável por inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 no sistema de informação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde.

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Em nota divulgada nesta quinta, a PF informou que seriam cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os mandados tinham como alvos agentes públicos vinculados ao município de Duque de Caxias (RJ).

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Segundo a PF, eles seriam responsáveis por viabilizar a inserção de dados falsos de vacinação no sistema.“A ação tem como objetivo ainda buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento”, completou a corporação no comunicado. De acordo com a Agência Brasil, foram cumpridos dois mandados, no Rio de Janeiro e em Duque de Caxias.

Entenda a operação

A primeira fase da Operação Venire foi deflagrada em maio do ano passado. À época, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, foi preso. Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido pela PF na residência do ex-presidente, em Brasília.

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A operação investiga a adulteração no cartão de vacina de Bolsonaro, da filha do ex-presidente, Laura, e de Mauro Cid. A imunização teria sido feita na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, em São Paulo, no dia 19 de julho de 2021.

De acordo com a prefeitura de São Paulo, apesar de haver registro no sistema com o CPF de Bolsonaro, a UBS nunca atendeu o ex-presidente, nem recebeu o lote da vacina citado no registro. Além disso, a profissional registrada como vacinadora nunca trabalhou na unidade mencionada.

O Ministério da Saúde também informou na época que todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do Sistema Único de Saúde (SUS) são rastreáveis e feitas mediante cadastro. Segundo a pasta, não houve relato de invasão externa ou de acesso sem cadastro ao sistema no período investigado pela PF.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.