Brasil

Petrobras acaba com paridade internacional do petróleo e nova política de preço; veja o que muda

A Petrobras anunciou, como esperado desde o início desta terça-feira (16), o fim da paridade internacional de preços do petróleo e combustíveis derivados. A paridade de importação de preços, que significa o alinhamento dos preços locais aos internacionais, havia sido adotada no governo de Michel Temer (MDB), em 2016.

A mudança vem cinco meses após a posse do presidente Lula, que desde a campanha eleitoral, prometeu a mudança. A Petrobras, por sua vez, informou que a mudança fará com que a estatal tenha mais flexibilidade para praticar preços competitivos “se valendo de suas melhores condições de produção e logística e disputando mercado com outros atores que comercializam combustíveis no Brasil”.

Além disso, a empresa confirmou que “os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

A Petrobras ainda explicou que o custo alternativo do cliente “contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”, enquanto o valor marginal é baseado no “custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.

Por fim, há quem comemorou a decisão e há quem é contra. O economista Maílson Ferreira da Nóbrega, que foi Ministro da Fazenda no Governo José Sarney, durante o período de hiperinflação do fim dos anos 1980, faz parte do time que é contra. Para o Diário de Goiás, ele afirmou que medida é um “equívoco”.

“É uma pena que os novos dirigentes da Petrobras caiam nessa cilada que se possa abrasileirar commodities. Existe uma lei econômica que chama-se ‘lei do preço único’, segundo a qual quando você exclui o custo de internação como frete e impostos, o preço é o mesmo em qualquer lugar do mundo, então, no momento que o governo vai contra essa regra, ele que vai ditar o preço e não o mercado”, explicou, confirmando que o fim da paridade internacional pode dar prejuízo para a Petrobras. Veja o vídeo na íntegra.

Carlos Nathan Sampaio

Jornalista formado pela Universidade Federal e Mato Grosso (UFMT) em 2013, especialista Estratégias de Mídias Digitais pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação de Goiânia - IPOG, pós-graduado em Comunicação Empresarial pelo Senac e especialista em SEO.

Notícias Recentes

Referência, Hospital de Uruaçu realiza 17ª captação de órgãos para transplante

Já é a 17ª captação realizada no próprio hospital, que possui estrutura tecnológica para esse…

10/08/2024

Bombeiros combatem incêndio que destruiu galpão de estopas em Goiânia

A carga de incêndio era muito alta, composta por tecido e madeira. Apesar do cenário,…

10/08/2024

Hemeroteca do IHGG oferece acesso gratuito a 8 mil edições de 105 jornais e revistas sobre Goiás

Reprodução de edição do jornal O Mosquito publicado em Catalão na década de 1920, e…

10/08/2024

Jogos Olímpicos: Brasil vence Turquia e leva o bronze no vôlei feminino

A seleção feminina de vôlei encerrou a participação em Paris 2024 da melhor maneira possível:…

10/08/2024

Seleção Brasileira perde para os Estados Unidos e fica com a prata no Futebol Feminino em Paris

Não faltaram dedicação e suor. Nos Jogos Olímpicos das mulheres, as do futebol feminino defenderam…

10/08/2024

CRM-PR afirma que 8 médicos morreram no acidente aéreo em SP

Médica veterinária Silvia Cristina Osaki, que ajudou na missão no Rio Grande Sul, e outros…

10/08/2024