07 de agosto de 2024
Datafolha

Pesquisa diz que apenas 6% defendem direito da mulher ao aborto em qualquer situação

A maioria das pessoas (42%) prefere que as coisas continuem como estão atualmente no Brasil
Grande parte dos entrevistados, 35% ainda acha que o aborto deve ser totalmente proibido em qualquer situação. (Foto: reprodução)
Grande parte dos entrevistados, 35% ainda acha que o aborto deve ser totalmente proibido em qualquer situação. (Foto: reprodução)

Na mesma semana em que o Datafolha divulgou ínúmeras pesquisas relacionadas à política, o instituto, por meio da Folha de S.Paulo, também revelou dados sobre o que pensam os brasileiros sobre o direito da mulher ao aborto. De acordo com a pesquisa, apenas 6% dos entrevistados acham que mulheres devem ter o direito de interromper a gravidez em qualquer situação, enquanto 35% querem que o procedimento seja totalmente proibido.

Apesar disso, a maioria das pessoas (42%) prefere que as coisas continuem como estão atualmente no Brasil: o aborto só não é qualificado como crime quando ocorre naturalmente ou quando praticado por médico capacitado em casos de risco de vida para a mulher causado pela gravidez, quando a gestação é resultante de um estupro ou se o feto for anencefálico (sem cérebro).

Fora dessas condições, o aborto é considerado ilegal e criminalizado, sujeito a punições legais. No entanto, há uma discussão contínua sobre a legalização do aborto em outras circunstâncias, principalmente para garantir o direito das mulheres à saúde reprodutiva e à autonomia sobre seus corpos. Essa é uma questão bastante polêmica no país, com diferentes opiniões e posicionamentos.

O datafolha também ouviu apenas mulheres para saber os números e, as que afirmam que o procedimento deveria ser permitido em qualquer situação representam 7%. Já as que defendem que a permissão para o aborto continue como é hoje são 40% e 35% também acham que deveria ser proibido de todas as formas.

O instituto de pesquisa também ressaltou que o apoio à descriminalização foi de 33%, em 2018, para 42%, em 2024. O levantamento foi realizado com 2.002 pessoas de 147 municípios do Brasil nos dias 19 e 20 de março. A margem de erro varia de dois pontos para mais ou para menos.


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