22 de novembro de 2024
Economia • atualizado em 28/08/2023 às 17:41

Pelo segundo mês seguido, taxa de juros médio dos bancos cai

A taxa média de concessões de crédito livre caiu de 44,6% para 44,3% ao ano, em julho, e os juros do crédito rotativo do cartão atingiram 445,7% ao ano
Foto: Reprodução
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A taxa média de juros das concessões de crédito livre caíram pelo segundo mês seguido, no Brasil, indo de 44,6% para 44,3% ao ano, em julho. No entanto, o crédito rotativo do cartão cresceu novamente, com alta de 8,7 pontos percentuais em julho e de 50,8 pp em 12 meses, indo para 445,7% ao ano. Os dados são do Banco Central (BC) e foram divulgados nesta segunda-feira (28).

Seguindo a mesma tendência, nas novas contratações para empresas, a taxa média do crédito livre ficou em 23,3% ao ano, com um aumento de 0,3 pontos percentuais no mês. Conforme o BC, as altas são decorrência do impacto sazonal do mês.

Com efeito, o comportamento dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a expectativa do mercado financeiro é de queda da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação.

Cartão de crédito

As taxas de cartão de crédito tiveram redução média de 1,5 pontos percentuais em junho, com alta de 17,5 pontos em 12 meses. Ao todo, 102,7% ao ano.

No entanto, após a queda em junho, o crédito rotativo, tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor total da fatura de cartão de crédito, cresceu novamente, atingindo uma alta de 8,7 pontos em julho e de 50,8 pontos em 12 meses.

Ao ano, o crédito rotativo atingiu 445,7%. Por ser uma das modalidades mais altas do mercado, o Banco Central já estuda o fim do crédito rotativo do cartão de crédito.

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Inadimplência

A inadimplência, considerada após 90 dias de atraso, se mantém estável, com pequenas oscilações, registrando 3,6% em junho. Assim sendo, nas operações para pessoas jurídicas está em 2,7% e para pessoas físicas, em 4,2%.

Por fim, o endividamento das famílias, que é calculado conforme a relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses, ficou em 48,3% em junho. Apresentou queda de 0,5% no mês e teve recuo de 1,6% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 30,5% no sexto mês do ano.

Com informações da Agência Brasil


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