A reabertura do Parque Zoológico de Goiânia, há um ano, representou um “novo momento” na história do local, na opinião do presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente da capital (Amma), Pedro Wilson. Há quase três meses no comando da pasta, ele defende que é preciso tratar a visitação dos animais de outra forma. “Temos que mostrar que é possível superar o passado, onde tinham animais estressados. Queremos oferecer espaço aos nossos bichos. A melhor coisa seria eles estarem no habitat natural, mas há uma história importante em todo o mundo dos zoológicos”, pontua.
Ele assegura que o tratamento dos animais, expostos à visitação, tem sido mais adequado, desde a reinauguração do Parque. “Estamos fazendo uma alimentação mais científica e balanceada. Tem macaco que só pode comer um tipo de banana. Tem aves que só comem um determinado tipo de alimento. A natureza é assim”, relatou, em entrevista a Altair Tavares.
No entanto, Pedro Wilson lembra que “o trabalho em um zoológico precisa ser permanente”. “Já temos que trabalhar pra uma reforma, pra fazer uma rede de esgoto”.
Resgate da credibilidade
Desde que assumiu a pasta, o ex-prefeito de Goiânia e ex-deputado federal, tem o desafio de resgatar a credibilidade da Amma, desgastada pela Operação Jeitinho, do Ministério Público Estadual, que indicou irregularidades na concessão de licenças ambientais. E, para isso, ele garante ter todo o respaldo do prefeito Paulo Garcia.
“Estamos rompendo com aquele ciclo de denúncias. Quando tem irregularidade, a gente tem que consertar. Quando é dolo, é com a justiça. Temos que dar à Amma credibilidade, respeitar o lençol freático. A Amma quer ser um órgão propositivo, no sentido que Goiânia só pode ser sustentável se tiver uma política ambiental”, defende.
“Essa crise, em grande parte, já foi superada. O prefeito determinou que façamos toda a cooperação com a CEI na Câmara. A verdade vai sair”, finaliza.