A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) identificou, na manhã de quinta-feira (5), um homem que se apresenta como professor do ensino fundamental e que armazenava vídeos contendo dezenas de cenas de abuso sexual infantojuvenil. A ação foi durante o cumprimento de três mandados de busca e apreensão da Operação Arcanjo III, realizada nas cidades de Goiânia e Aparecida de Goiânia.
Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), o investigado confessou ter armazenado mais de 100 arquivos com esse tipo de conteúdo. Ele também oferecia aulas de reforço em domicílio e é suspeito de utilizar um diploma falso para atuar em escolas da região. A Polícia Civil apura a veracidade do documento e a extensão do envolvimento do preso com instituições de ensino. O nome do investigado não foi revelado.
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A operação que levou ao professor faz parte de uma série de ações que vêm sendo intensificadas nos últimos meses pela PCGO que registram aumento no número de flagrantes relacionados ao armazenamento e compartilhamento de material de exploração e abuso sexual infantojuvenil na internet. Tanto a Civil, quanto a Polícia Federal apontam que a ampliação dos recursos de inteligência e cooperação entre instituições tem facilitado a identificação e a responsabilização dos autores.
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As investigações que levaram à Operação Arcanjo III identificaram o upload de centenas de arquivos digitais contendo cenas de abuso sexual infantil, compartilhados por diferentes usuários. Com base nas evidências colhidas, a Justiça autorizou buscas, apreensões e a quebra telemática de dispositivos eletrônicos.
Durante o cumprimento das medidas judiciais, os policiais civis localizaram, no computador de um dos alvos, diversas fotos e vídeos que mostravam abusos contra crianças e adolescentes. Diante da gravidade das provas encontradas, o suspeito foi preso em flagrante, com base no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata do armazenamento de material pornográfico envolvendo menores. Não foi informado se esta pessoa é o professor.
Os materiais apreendidos – entre eles computadores, celulares e dispositivos de armazenamento digital -, serão submetidos a perícia técnica. A análise dos conteúdos deve ajudar a aprofundar as investigações e a identificar possíveis conexões com outras redes criminosas.
Em nota, a PCGO/DERCC reafirmou seu compromisso com o enfrentamento aos crimes cibernéticos, especialmente os que violam a dignidade sexual de crianças e adolescentes. A delegacia também ressaltou a importância da atuação contínua e rigorosa no combate a esse tipo de crime, que tem se tornado mais visível graças às tecnologias de rastreamento digital e à denúncia qualificada.
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