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| Em 8 meses atrás

Paulo Moura sobre rejeição de Rogério Cruz: “Faltou comunicar sobre antes e depois”

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Em café da manhã com a imprensa nessa sexta-feira (19) o publicitário Paulo Moura, que assumiu o marketing do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, reiterou declarações de que as falhas na comunicação sobre o cenário antes e depois de ações do prefeito, foram negativas para ele.

“Enquanto gestor, temos como desafio ampliar a capacidade de comunicação com a população”, afirmou, se referindo às entregas da atual administração. “A população conhece essas entregas? Ela sabe o que de fato era a educação quando o prefeito assumiu, e como ela está hoje? Se sabe o antes e o depois?”, reforçou.

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De acordo com ele, esse é o desafio que o também novo secretário de Comunicação, Fabio Simonetti, deve enfrentar junto com as agências de publicidade licitadas. “O que posso antecipar, é que há uma consciência da equipe de que houve uma falha nessa comunicação. Na nossa leitura, houve entregas importantes e essas entregas não foram comunicadas para a população e nem a população compreendeu e associou ao Rogério”, pontuou.

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Na sequência, Moura deu um exemplo, como sendo ele, de um morador que reside em uma avenida que é limpa, bem cuidada, asfaltada, mas que não se ocupa em fazer elogios ao prefeito da cidade. Mas se esse morador se vê diante de alguma obra de saneamento, por exemplo, que crie embaraços, a primeira coisa que ele critica é a gestão local, mesmo que a responsabilidade não seja dela.  

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Gestão teve 5 secretários de comunicação

Confrontado com a informação sobre o revezamento de cinco secretários de Comunicação na gestão de Rogério Cruz, além de pessoas do marketing, como o último, Jorcelino Braga, Moura minimizou. “A troca de determinado secretário não é pelo desempenho, é pela conjuntura política também. Não tenho competência para julgar aqui a causa das diversas alterações de secretários. O que posso fazer é de agora. A pessoa que me antecedeu (Braga), nem conheço pessoalmente, não tenho condições de avaliar o trabalho dele”, respondeu.

Informado pelos jornalistas que o antecessor [Braga] falava o mesmo que ele quanto a não divulgação dos feitos municipais, o publicitário  repetiu que a prefeitura errava na comunicação ao não informar esse antes e depois.

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“Eu não sei o que ele [Braga] falou. O que posso garantir é que tenho conversado com o Fábio que assumiu na mesma época em que eu cheguei, mas que é um profissional experiente. Temos tido boas conversas. É lógico que a responsabilidade de comunicação da prefeitura é dele e das três agências que estão aí. Certamente ele fará um direcionamento em que a gente pode contribuir na parte de inteligência, dando sugestões”.

Mudança de partido e inviabilidade da gestão

Moura também foi questionado a comentar sobre as dificuldades partidárias que rondavam Rogério Cruz a ponto de ele deixar o Republicanos, partido pelo qual se elegeu. O prefeito saiu na véspera de acabar a janela partidária, e se filiou no Solidariedade no último dia.

Inicialmente ele enfatizou que, a seu ver, a escolha de partidos é feita considerando as janelas eleitorais. “O Paulinho da Força, presidente do novo partido [de Rogério Cruz, o Solidariedade], assim como com outros partidos, já vinha conversando. Esse convite é natural. A capital de uma importância como Goiânia desperta o interesse de qualquer partido. O partido precisa de quadros para o majoritário, então é interessante”, justificou.

Depois, ele completou afirmando que cada partido é que tem a liberdade de escolher a quem ele vai ceder sua sigla. “O Rogério escolheu não de última hora, mas na hora em que ele entendeu que era a hora”, frisou.

Paulo Moura ainda, insistiu: “Do ponto de vista eleitoral, dentro da conferência dele [Cruz} e do grupo dele, o Solidariedade era o partido que tinha melhor aderência programática para esse segundo momento que ele está projetando na gestão”.

Sobre a rejeição de Rogério Cruz pelo Republicanos, apontada por diversos jornalistas presentes, Moura respondeu: “Esse embate entre o que o Marcos Pereira (presidente nacional do Republicanos), disse, e o que o Rogério disse, tem que ser tratado com o Marcos e com o Rogério.”

“Sem procuração pra falar em nome”

Adiante, o publicitário pontuou: “Não tenho procuração para falar por Marcos Pereira, ou Paulinho da Força. Estou aqui como marqueteiro do Rogério, no que diz respeito ao marketing e comunicação estratégica.”

Em certo momento, ele citou que houve conversa entre ele e o presidente do Republicanos que foi divulgada e pode atestar que a situação de Cruz em Goiânia não estava em pauta. [A conversa] está num vídeo público que o Marcos Pereira gravou, sobre o desempenho do meu serviço no Tocantins, do conhecimento que ele tinha sobre meu serviço e a recomendação que ele fez aos afiliados do partido. Somente. Não se falou sobre Goiânia”.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.