Acusado de cobrar propina para articular encontros e fazer repasses do Ministério da Educação para prefeituras, o pastor Gilmar Santos negou que tenha influência na agenda ou recursos da pasta. Nesta quarta-feira (23), o religioso divulgou nota em suas redes sociais e afirmou que as acusações são falácias.
“Nego, peremptoriamente, a falácia de que pedi, recebi, mandei, pedi, ou, de alguma forma, contribuí, para o recebimento de propina, ou qualquer outro ato de corrupção junto ao Ministério da Educação, bem como ao atual ministro titular da referida pasta”, escreveu.
Gilmar Santos lembrou que fundou e atua há mais de duas décadas na Assembleia de Deus Ministério Cristo e afirmou que “em todos esses anos tenho procurado, na toada do meu ofício, construir uma reputação ilibada, servindo a Deus, fielmente, defendendo os valores da família, e desenvolvendo um comportamento ético cristão.”
O pastor também negou que tenha feito qualquer pedido ao presidente Jair Bolsonaro ou a outras autoridades do governo federal.
“Não tenho nenhum poder sobre os órgãos técnicos do Ministério da Educação, e muito menos sobre o titular dessa pasta. Também gostaria de externar que nenhum pedido fora feito ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República, bem como a nenhuma autoridade de outra pasta do atual governo, e, nesse diapasão, afirmo também, não quedei-me do meu ofício ministerial profético de orar pelas autoridades deste país quando tive oportunidade”, escreveu.
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo nesta semana divulgou um áudio no qual o ministro Milton Ribeiro diz que priorizava indicados pelos pastores, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. O material corrobora reportagem do jornal Estadão de São Paulo, na semana passada, que já indicava a existência de um gabinete paralelo no MEC.
Após o escândalo, o jornal O Globo revelou acusações de prefeitos aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que teriam pedido dinheiro e até mesmo ouro em forma de propina.