12 de setembro de 2024
Goiânia

Parquímetros trarão mais organização à Goiânia, diz presidente da Acieg

Euclides Barbo Siqueira, presidente da Acieg.
Euclides Barbo Siqueira, presidente da Acieg.

O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Euclides Barbo Siqueira, defende que a instalação de parquímetros em Goiânia nos locais onde hoje existe a chama “Área Azul” e novos locais onde é difícil encontrar vagas de estacionamento devido ao crescimento da região trará mais organização à capital.

“A ideia é organizar o que está muito desorganizado no município. Existem outras áreas, como a Avenida Mangalô, que também precisam dessa reoxigenação de espaços públicos para que possa virar, quem sabe, um shopping a céu aberto”, informou Euclides à Rádio Vinha FM nesta sexta-feira (24).

Questionado sobre os locais de grande comércio como Avenida 44, Feira Hippie e outros, o presidente ressaltou que os clientes preferem ir a outros locais, como shopping fechados, por uma série de motivos, que inclui possibilidade de estacionar veículos e maior segurança.

“Em detrimento dessas partes de Goiânia que têm uma história, como o comércio atacadista de Campinas, que não se fortalece com maior segurança sem uma reestruturação dessa questão da chamada área azul, a instalação desses parquímetros”, disse.

Além disso, Euclides comentou que a área azul hoje é ineficiente por falta de fiscalização. Fato que não seria problema em relação aos parquímetros. “Pela falta de fiscalização, as pessoas já não utilizam mais da forma que deveria. Hoje em dia, você vai à região de Campinas ou ao Centro, tem gente que estaciona pela manhã e não coloca um bilhete”.

Leia entrevista:

Altair Tavares: Já temos uma área coberta pela chamada Área Azul. A ideia dos parquímetros e estacionamento rotativo busca estender essa oferta?

Euclides Barbo Siqueira: A ideia é organizar o que está muito desorganizado no município. Também existem outras áreas, como a Avenida Mangalô, que também precisa desse reoxigenação de espaços públicos para que possa virar, quem sabe, um shopping a céu aberto.

Altair Tavares: O local ainda não é?

Euclides Barbo Siqueira: É, mas falta organização na questão de estacionamento, segurança. As pessoas estão dando preferência para outros pontos, como shoppings fechados, exatamente por esses motivos, onde acha estacionamento, segurança, e em detrimento dessas partes de Goiânia que têm uma história, como o comércio atacadista de Campinas, que não se fortalece com maior segurança sem uma reestruturação dessa questão da chamada área azul, a instalação desses parquímetros.

Altair Tavares: O sistema da área azul é ineficiente?

Euclides Barbo Siqueira: Totalmente ineficiente, por dois motivos. Um: falta de fiscalização. Segundo: pela falta de fiscalização, as pessoas já não utilizam mais da forma que deveria. Hoje em dia, você vai à região de Campinas ou ao Centro, tem gente que estaciona pela manhã e não coloca um bilhete.

Altair Tavares: Confiam na falta de fiscalização?

Euclides Barbo Siqueira: Confiam na falta de fiscalização porque sabem que não tendo jeito de ser multada, as pessoas não pagam por aquele espaço. O problema não é pagar ou não pagar, a questão maior é uma reordenação. Temos que reorganizar esses espaços para que consigamos essa mudança de carro de tempos em tempos. Para quando a pessoa for à Campinas, ela ter certeza que achará vaga. Hoje em dia, ela já sai com incerteza. Aí fica andando de carro, atrapalhando o trânsito cada vez mais.

Altair Tavares: Houve outras tentativas de implantar o sistema de parquímetro. Porque desta vez daria certo?

Euclides Barbo Siqueira: Vontade política. As outras vezes que tentaram foram por questão de não ter vontade política para resolver o problema. Nas outras leis que foram feitas, elas previam apenas cinco anos de exploração por quem ganhasse a concorrência, podendo ser prorrogada até dez anos. Com a nova reestruturação, do final do ano passado, a empresa que vai explorar essa área azul poderá fazer investimentos por dez anos e renovar por mais dez anos, dependendo da negociação feita entre a empresa vencedora e a Prefeitura. Ou seja, melhorou demais a visão do investidor agora. Porque demora de dois a três anos para investir em todo essa área azul de Goiânia. Agora, o investidor vai ter certeza do retorno. Tem que ter retorno. É uma empresa que vai investir milhões nessa área azul. Fazendo isso agora, a Prefeitura vai auferir lucros com isso. A Prefeitura está reclamando que não tem condições, que está com dificuldades financeiras, etc, e não explora algo que dá dinheiro rápido.

Altair Tavares: A Acieg concorda que o parquímetro seja instalado em outros locais, como no entorno do Flamboyant Shopping, de parques, onde hoje é proibido, para que seja permitido um estacionamento controlado?

Euclides Barbo Siqueira: Este ano será votada a nova lei de uso do solo. Então, tudo isso será discutido. Mas é interessante a gente tirar essa mistificação de que área azul é só Centro e Campinas. Existem outras áreas, novas que estão surgindo, até a Mangalô, que necessitam dessa reorganização. São áreas que o comércio cresceu rápido demais e não consegue crescer mais por falta de organização dos espaços públicos.

Altair Tavares: É o caso de T-63, T-7, Jardim Goiás, Redenção?

Euclides Barbo Siqueira: Isso mesmo. Então, essas Avenidas que fomentaram a questão do comércio, os empresários estão aptos à essa organização porque sabem que vai ter uma reoxigenação, mais pessoas estacionamento, indo ao comércio e, por lógica, ele podendo vender mais.

Altair Tavares: Qual a ideia para vagas em relação à Feira Hippie?

Euclides Barbo Siqueira: Para a Feira Hippie já existem alguns projetos que têm a mesma ideia. Uma é a reorganização da Feira, aumentando o número de bancas colocadas aos domingos, e durante a semana, aquilo seria um enorme estacionamento. Eu já vi dois projetos, que são excelentes, até com banheiro químico, áreas de lazer, etc. Do jeito que está a Feira Hippie hoje, totalmente desestruturada, ninguém sabe nem quantos permissionários existem lá, quem está legal ou ilegal, não tem como a Prefeitura fazer fiscalização mais forte, porque ninguém sabe quem é legal ou ilegal. Essa ferida vai ter que ser mexida e reorganizada também. Todos os projetos que eu vi até hoje são muito bons. Qualquer um que implantar lá será excelente à reorganização do espaço.  


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