Publicidade
Cidades
| Em 3 anos atrás

Parlamentares goianos pedem suspensão de reajuste de pedágios no estado

Compartilhar

O Tribunal de Contas da União (TCU) recebeu um pedido de suspensão cautelar do aditivo do contrato da concessionária Triunfo Concebra com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que possibilitou reajuste de até 193% na tarifa dos pedágios das BRs-153/060, em Goiás.

O pedido foi feito pelo deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) e pelo senador Jorge Kajuru (Podemos -GO). Na última terça-feira (5), o TCU já havia aberto investigação para fiscalizar o reajuste. O caso será relatado pelo ministro Antonio Anastasia.

Publicidade

Em Goiás, o maior aumento foi na praça de pedágio de Goianápolis, 168%. Em Alexânia, chegou a R$137%. Já em Professor Jamil o índice foi de R$131% e em Itumbiara chegou a 125%. Em Minas Gerais, o reajuste também é considerado abusivo. Na Praça Fronteira, foi de 193%. Na Praça Luz, 148%. Em Florestal, chegou a 146%. Em Campo Florido, 137%; em Campos Altos, 136%; em Prata, 132% e em Perdizes, 127%.

Publicidade

Para o deputado Elias Vaz, está claro que a ANTT foi omissa e não representou os usuários das rodovias. “A ANTT vem agindo como representante da empresa e não do povo. As falhas na fiscalização e cumprimento das cláusulas contratuais são a fonte dos problemas vivenciados, hoje, pelos usuários das rodovias federais no Estado Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal”.

Publicidade

Na ação encaminhada ao TCU, os parlamentares ressaltam o descumprimento de exigências contratuais verificadas pelo próprio Tribunal. Em audiência pública realizada por Vaz na Câmara Federal, técnicos apresentaram relatório indicando que em torno de 90% das obrigações previstas no contrato de concessão de rodovias federais não tinham sido cumpridas pela Concebra. Apesar disso, conforme o parlamentar, a concessionária recebeu reajustes de 22% acima da inflação no período.

De acordo com o documento, a empresa tinha executado apenas 85 quilômetros de duplicação dos quase 650 quilômetros previstos. O relatório também apontou que a Concebra não realizou nenhum trecho dos 45 quilômetros de faixas adicionais, 30 quilômetros de contornos, 36 quilômetros de vias marginais e 11 acessos e não construiu nenhuma das 38 passarelas e nenhum dos quatro retornos exigidos em contrato.

Publicidade

Os parlamentares também citam processo contra um suposto comportamento permissivo da ANTT nos últimos 10 anos. Um dos documentos produzidos pelo Tribunal afirma: “apontou-se a não observância dos regramentos contratuais relativos à aplicação de descontos tarifários (desconto de reequilíbrio ou fator D) por descumprimentos das obrigações das concessionárias nos contratos”.

Publicidade