Uma parceria envolvendo a Prefeitura de Aparecida de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Habitação, o governo federal, via Secretaria Nacional de Habitação, e o governo estadual, com a Agência Goiana de Habitação (Agehab), está nos acertos finais para lançar em março a construção de 768 apartamentos destinados a famílias em vulnerabilidade social de Aparecida.
Em entrevista ao Diário de Goiás nesta sexta-feira (31), o secretário de Habitação da cidade, Willian Panda (PSB), informou que o governo federal já confirmou um investimento de quase R$ 120 milhões, o equivalente a R$ 154 mil por apartamento. “A prefeitura deu os terrenos e agora estamos buscando um subsídio da Agehab, que ainda está sendo definido, mas que gira em torno de R$ 40 mil”, observou.
Os apartamentos seguirão a planta padrão do Programa Minha Casa Minha vida, geralmente com cozinha, sala, banheiro e dois quartos.
Em videoconferência nesta sexta , ficou acertado que os quatro empreendimentos serão construídos simultaneamente. Prefeitura, Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal, que também participou da reunião, acertaram os últimos detalhes do trâmite para o início das obras em março, o que envolve ainda a Agehab.
Serão construídos ao todo quatro conjuntos habitacionais, cada um com 192 apartamentos. Três deles serão construídos no Residencial Alto da Boa Vista e o outro, na Vila Romana. O processo de seleção das famílias, que deverão se enquadrar nos novos critérios do programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, será anunciado em breve. Por enquanto, o secretário destaca apenas uma exigência municipal que é o tempo mínimo de residência de cinco anos. Os outros serão divulgados depois.
Perguntado sobre qual é hoje o tamanho do déficit habitacional em Aparecida, Panda disse que os dados estão defasados, mas que estima em 40 mil famílias.
“Temos um cadastro habitacional que é feito desde 2009, então ele só foi acumulando pessoas nele. Estou fazendo agora uma atualização desse déficit habitacional, considerando as inscrições feitas nos últimos três anos. Então nós vamos ter um prazo para que essas inscrições sejam atualizadas, porque assim a gente sempre vai estar sabendo quem está atualmente vivendo na cidade, precisando de moradia. Quem já adquiriu durante o período acaba não atualizando normalmente. Então eu estimo que hoje o cadastro habitacional tenha 40 mil famílias, mas o déficit ele vai ser reduzido na atualização cadastral que nós vamos fazer agora”, antecipou.
Segundo ele, a negociação para essas unidades habitacionais foi iniciada na gestão passada e está sendo concluída agora. “As propostas foram apresentadas em 2021, se não me engano, Mas faltavam ainda documentos, faltavam aprovações, projetos e durante esse tempo foram se aprovando. Agora, por fim, o que falta é o complemento da Agehab”, destacou o secretário.
Conforme o gestor, sem que haja o complemento do recurso pelo governo estadual, “a não é viável do ponto de vista orçamentário”.