13 de novembro de 2024
Avaliação • atualizado em 03/06/2022 às 17:46

Para Temer, Lula eliminaria direitos se revogasse reforma trabalhista

Em discurso durante Conferência Internacional da Liberdade, ex-presidente criticou proposta petista
Temer é contra revogação da reforma trabalhista aprovada durante seu governo, em 2017. Foto: Lula Marques
Temer é contra revogação da reforma trabalhista aprovada durante seu governo, em 2017. Foto: Lula Marques

O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta sexta-feira, 3, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca eliminar direitos dos trabalhadores ao defender a revogação da reforma trabalhista. A reforma foi aprovada durante o governo Temer, em 2017.

Temer avaliou, ainda, que após publicar artigos críticos à proposta petista, “pararam de dizer isso porque não seria uma coisa boa para o trabalhador”. O discurso foi feito durante a Conferência Internacional da Liberdade, promovida pelo Instituto Liberal, em parceria com a Rede Liberdade.

Em abril, o PT aprovou a sugestão de revogação da reforma trabalhista na proposta de programa a ser apresentado aos partidos PCdoB e PV para a formação de uma federação entre as legendas.

O uso do termo “revogação” está alinhado com o discurso de aliados mais à esquerda, como o PSOL, que tem cobrado do PT o compromisso de propor a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, além do teto de gastos, também aprovado na gestão Temer.

Judiciário e opinião pública

Michel Temer também afirmou que o Judiciário brasileiro tende a acompanhar teses estabelecidas pela opinião pública e classificou o movimento como “perigoso”. Para o ex-presidente, este cenário agrava a insegurança e a instabilidade no País e dificulta a atração de investimentos estrangeiros.

Ao exemplificar sua fala, Temer disse que, em encontro com investidores no exterior, a imprevisibilidade do cenário brasileiro foi apontada como fator preocupante.

“Todos eles querem investir no Brasil, mas querem saber o clima, o panorama do que vai se desenhar para o futuro. Porque aqui há muita divergência, divergência de programas”, disse o ex-presidente na conferência. (Por Estadão Conteúdo)


Leia mais sobre: / / Política