O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta sexta-feira, 3, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca eliminar direitos dos trabalhadores ao defender a revogação da reforma trabalhista. A reforma foi aprovada durante o governo Temer, em 2017.
Temer avaliou, ainda, que após publicar artigos críticos à proposta petista, “pararam de dizer isso porque não seria uma coisa boa para o trabalhador”. O discurso foi feito durante a Conferência Internacional da Liberdade, promovida pelo Instituto Liberal, em parceria com a Rede Liberdade.
Em abril, o PT aprovou a sugestão de revogação da reforma trabalhista na proposta de programa a ser apresentado aos partidos PCdoB e PV para a formação de uma federação entre as legendas.
O uso do termo “revogação” está alinhado com o discurso de aliados mais à esquerda, como o PSOL, que tem cobrado do PT o compromisso de propor a revogação das reformas trabalhista e previdenciária, além do teto de gastos, também aprovado na gestão Temer.
Judiciário e opinião pública
Michel Temer também afirmou que o Judiciário brasileiro tende a acompanhar teses estabelecidas pela opinião pública e classificou o movimento como “perigoso”. Para o ex-presidente, este cenário agrava a insegurança e a instabilidade no País e dificulta a atração de investimentos estrangeiros.
Ao exemplificar sua fala, Temer disse que, em encontro com investidores no exterior, a imprevisibilidade do cenário brasileiro foi apontada como fator preocupante.
“Todos eles querem investir no Brasil, mas querem saber o clima, o panorama do que vai se desenhar para o futuro. Porque aqui há muita divergência, divergência de programas”, disse o ex-presidente na conferência. (Por Estadão Conteúdo)
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