22 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 23/11/2020 às 16:36

Pai de João Alberto diz que raiva dos seguranças demonstra racismo e viúva pede justiça

PM temporário e segurança espancaram homem no estacionamento. (Foto: Reprodução)
PM temporário e segurança espancaram homem no estacionamento. (Foto: Reprodução)

O pai de João Alberto Freitas, João Batista Rodrigues Freitas, afirmou, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, que o assassinato de seu filho foi um crime de racismo. Beto, como era conhecido por familiares e amigos próximos, foi morto na última quinta-feira (19), após ser espancado por seguranças em uma unidade do Carrefour em Porto Alegre.

“Não sei o que poderia ter gerado uma situação tão grosseira como aquela ali. Por que agrediria com tanta raiva? Essa raiva, essa força, vem de um ato de racismo”, disse.

A viúva da vítima, Milena Borges Alves, disse que não sabe como será a vida sem o companheiro. “Quero justiça. Só isso. Que paguem pelo que fizeram com ele”, afirmou.

Ela também revelou que seguranças mantinham olhar de intimidação quando o casal ia ao mercado. “Ele brincava, dizia: ‘só porque sou preto’. Geralmente quando íamos ao mercado, os seguranças ficavam olhando”, contou Milena.

“Pensar que o ser humano, nessa época que estamos, em 2020, ainda pensa dessa forma. Só me basta acreditar na justiça. Se a justiça for feita, vamos chegar num patamar completo”, destacou o pai de João Alberto.


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