Mais um capítulo envolvendo o ex-presidente da Associação Filhos do Divino Pai Eterno (Afipe), Padre Robson de Oliveira. Na última quarta-feira (17/11) a Polícia Federal enviou para o Superior Tribunal de Justiça (STF) um pedido de prisão preventiva contra o sacerdote. Advogado de defesa de Oliveira, Cleber Lopes, alega ‘falta de consistência jurídica’ no pedido.
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O caso caiu nas mãos do ministro-relator Benedito Gonçalves e até o momento não há definição se haverá acolhimento do pedido de prisão do Padre Robson. Informações dão conta que o religioso não se encontra em Goiás desde que a representação foi protocolada, de acordo com a coluna do jornalista Leandro Mazzini, na Istoé.
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Em contato com o Diário de Goiás, a defesa de Padre Robson afirma que não há consistência jurídica na representação e que os ‘fatos invocados são antigos e já foram inclusive divulgados pela mídia’, pontua. Dr. Cléber Lopes também menciona que a defesa de Padre Robson manifesta sua confiança no poder judiciário.
Veja o posicionamento da defesa de Padre Robson na íntegra;
A defesa compreende que a representação padece da falta de consistência jurídica, pois os fatos invocados são antigos e já foram inclusive divulgados pela mídia. Não há nada que justifique essa pretensão. Por hora a defesa expressa sua confiança no Poder Judiciário.
Padre Robson: o caso
Em 2020, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) iniciou investigações contra o religioso que era suspeito de cometer crimes financeiros relacionados à Afipe. De acordo com o MP-GO, ele teria utilizado doações dos fiéis para compra de fazendas, terrenos, casas e outros bens. O religioso sempre negou as acusações.
Contudo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) arquivou o processo envolvendo Padre Robson. Segundo o desembargador Olindo Menezes, sua decisão se deu por detectar intempestividade recursal. O MP havia recorrido já de uma decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que tinha decidido pelo trancamento do processo.