22 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 01:14

Operação Grande Irmão desarticula quadrilha que desviou mais de R$ 1,5 milhão

Sede da Polícia Federal em Goiânia
Sede da Polícia Federal em Goiânia

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Grande Irmão nesta quinta-feira (11) e desarticulou uma quadrilha especializada em crimes cibernéticos, como furto e estelionato qualificado, que causou prejuízos a instituições financeiras, entre elas a Caixa Econômica Federal.

De acordo com a PF, o grupo inseria créditos em cartões de débito pré-pagos, que eram utilizados para fazer saques em caixas eletrônicos e pagamentos de compras. Entre as aquisições da organização estava até a compra de um veículo de alto valor.

Além disso, os investigados fraudavam transferências bancárias para contas de pessoas físicas e jurídicas sócias à organização e induziam terceiros a fazer o pagamento de boletos adulterados. Assim, o valor era depositado nas contas fraudulentas.

“Eles rackeavam contas bancárias, promovendo a alteração das vias digitáveis dos boletos e induzia o particular a apagar uma conta, que na verdade ele não estava pagando. Esse valor ainda era revertido por meio de cartões pré-pagos e eram utilizados no comércio, além de várias transações ilegais do grupo”, conta o superintendente Regional da Polícia Federal, delegado Umberto Ramos Rodrigues.

Ainda segundo a Polícia Federal, o grupo atuava desde 2012 e a estimativa é de que tenha desviado um total de R$ 1,5 milhão até hoje. No entanto, os prejuízos podem ultrapassar R$ 3 milhões. Segundo o superintendente, esse valor é estimando com base nos desfalques da quadrilha, desde o início das ações. Porém, o dinheiro desviado ainda será comprovado após análise de documentos e bens apreendidos.

O delegado conta que a ação do grupo surpreendeu a PF devido a sua forma de articulação. “A intervenção de algumas empresas para que essas ações criminosas fossem perpetradas é algo relativamente incomum, a alteração das linhas digitáveis também é algo que não é tão comum, portanto o nível de organização desse grupo nós surpreendeu, em principal a atuação dessas modalidades”, conta.

Segundo o superintende, alguns dos investigados foram presos, no entanto, algumas diligências estão sendo efetuadas. Ao todo, 60 policiais federais cumprem 10 mandados de busca e apreensão, nove de prisão temporária e dois de condução coercitiva em Goiânia, Trindade, no Distrito Federal e em Catanduva, em São Paulo.

A nome Grande Irmão da operação faz referência ao personagem do romance de George Orwell, de 1984, sobre a sensação de impunidade por parte dos investigados.

Vítimas

Para as pessoas que foram vítimas da ação do grupo, como orienta o superintendente, deve buscar a instituição bancária responsável pelo pagamento do boleto e pedir o reembolso do valor.

“As pessoas que foram vítima, ou seja, que de boa-fé participaram de alguma forma dessas ações criminosas dos investigados, devem buscaras as instituições bancárias responsáveis e comprovar a sua devida boa-fé para o reembolso”, esclarece.  

Segundo Umberto, é possível prevenir-se de operações criminosas parecidas. De acordo com ele, é necessário está sempre alerta as contas bancárias. Caso haja uma consulta do bando na internet, verificar se o site usado é de fato da instituição ou se é credenciado, além disso, é necessário imprimir ou enviar por e-mail qualquer tipo de procedimento que tenha feito online ou até mesmo em uma agência.  

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