A Polícia Civil, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), e a Celg deflagraram nesta quinta-feira (30) a quinta etapa da Operação “Apagão”, em Goiânia, que investiga o furto de energia elétrica. Desta vez, os alvos foram uma escola, localizada no setor Vila Nova, e uma fábrica de embalagens, situada na saída para Trindade.
De acordo com o responsável pelas investigações, delegado Frederico Dias Maciel, a operação é realizada desde 2015 e visa combater o furto de energia. “É feito um levantamento sobre os estabelecimentos comerciais que podem estar furtando energia por meio de manipulação dos relógios. Com isso, vamos ao local e fazemos a troca do relógio para constatar o crime”, explicou.
Ao Diário de Goiás, o delegado informou que a Celg aponta irregularidade no relógio de energia ao vistoriar o equipamento no local. No caso da escola, o relógio com possível manipulação foi retirado e substituído por um novo.
“Agora, o relógio vai para a Celg que fará uma análise e emitirá um laudo complementar para constatar a irregularidade. No caso da fábrica, como havia a possibilidade de perder parte da produção porque o relógio estava em pleno funcionamento, não tivemos como fazer a troca. Mas ficou marcado um novo dia para voltarmos ao local, eles desligarem o relógio e fazermos a substituição”, disse o delegado.
Conforme a investigação, mesmo que os proprietários dos estabelecimentos não tenham feito a manipulação do relógio, e sim um proprietário antigo, podem ser indiciados por que são os beneficiados pela manipulação.
“Instauramos o inquérito policial, agora vamos intimar os proprietários que vão indicar quem é o responsável pela unidade de consumo de energia, geralmente são empresas terceirizadas, que fazem serviços de alta tensão. Geralmente indiciamos os proprietários por serem os beneficiados com o furto de energia”, explicou Frederico Dias.
Os investigados poderão ser acusados de furto de energia, que prevê pena de até quatro anos de reclusão e multa, ou estelionato, que prevê até cinco anos de prisão.
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