23 de novembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 00:10

Ódio provocou morte de prefeito de Matrinchã, afirma delegado

O prefeito de Matrinchã, Daniel Antônio de Souza, foi morto movido por ódio do Hélio Soyer, então presidente da Comissão de Licitações. Segundo as investigações, o gestor desconfiou do companheiro por cometer irregularidades em processos na prefeitura. Ele contratou empresa que descobriu inconsistências.

Delegado Valdemir Pereira responsável pelo caso, afirmou nesta sexta-feira (19) em entrevista, que o ex-secretário de Finanças da cidade, Hélio Soyer, teve um desentendimento com o prefeito. Com a ajuda de Cleib de Morais, que era cunhado do vice-prefeito planejou a morte de Daniel.

“Os dois estraram em atrito durante a administração do prefeito. Cleib de Morais tinha uma pretensão política, ele queria ser o prefeito da cidade de Matrinchã. Queremos deixar bem claro, durante as investigações percebe-se muito bem que quem é o prefeito atual de Matrinchã é o Cleib, e não o seu cunhado. Era ele que dava as ordens”, afirma Valdemir.

Plano

De acordo com Valdemir, Hélio Soyer e Dalmi Felix da Cruz foram os responsáveis pela morte das vítimas. Dalmi executou os golpes de marreta na cabeça das vítimas e Hélio atingiu o pescoço com faca. Segundo polícia, o prefeito e a primeira dama ainda estavam vivos quando receberam o golpe de faca.

“O Cleib só ajudou no planejamento, primeiramente ele deu a ideia: “nós devemos matar esse prefeito”, e depois disse ao Hélio que seria melhor matá-lo em Goiânia e não em Matrinchã. Disse também, que deveriam comprar uma arma para matá-lo e que deveriam tomar cuidado para não deixar pistas”, conta delegado.

Histórico

No dia 11 de agosto do ano passado, o ex-secretário de finanças compareceu na Delegacia Estadual de Investigações Criminais no complexo policial da Cidade Jardim, em Goiânia e confessou os crime. Alegou ter matado sozinho as vítimas, a Polícia Civil não acreditou na versão contada por considerar bastante inconsistente.

Hélio no seu terceiro interrogatório confessou o crime e deu detalhes de como o homicídio ocorreu. Dalmi só confessou o delito no dia da reconstituição. “Só lá no local ele resolveu falar a verdade”, acrescenta Valdemir.

A argumentação do delegado é de que a época o depoimento dele foi bastante inconsistente e que mesmo com a confissão, faltavam provas que pudesse mantê-lo preso. A dúvida era se outras pessoas participaram do crime.

No dia 04 de agosto, os corpos do prefeito e da primeira dama de Matrinchã foram encontrados na chácara em que residiam a cerca de 10 quilômetros da cidade. De acordo com o delegado Kleber Toledo, funcionários da Prefeitura que encontraram o Daniel Antônio e a primeira dama mortos por várias perfurações por arma branca.

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