Doença conhecida principalmente pelo sintoma de tosse seca comprida e prolongada, a coqueluche volta a preocupar países da Europa e Ásia, e, consequentemente, coloca o Brasil em alerta. Em São Paulo, de janeiro a junho deste ano foram registrados 139 casos da doença, aumento de 768,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. A infecção pode ser fatal ao causar insuficiência respiratória.
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella Pertussis. A doença é transmitida por contato direto com pessoa contaminada e por meio de perdigoto, gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.
A coqueluche começa com a fase catarral, que dura até duas semanas, marcada por febre pouco intensa, mal-estar geral, coriza e tosse seca, sendo a mais infectante quando a frequência e a intensidade dos acessos de tosse aumentam gradualmente. A segunda fase, que dura de duas a seis semanas, é a paroxística, com febre que se mantém baixa, seguida de crises de tosse súbitas, rápidas e curtas, que podem comprometer a respiração.
A principal forma de proteção contra a coqueluche é a vacina, gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O esquema vacinal primário é composto por três doses, aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses de idade, da vacina penta, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b, seguida de doses de reforço com a vacina DTP, contra difteria, tétano e coqueluche, conhecida como tríplice bacteriana.
Diante do aumento dos casos no país e da baixa cobertura vacinal, o Ministério da Saúde publicou nota técnica, no início deste mês, recomendando a ampliação, em caráter excepcional, e intensificação da imunização contra a doença no Brasil.
O documento amplia a indicação de uso da vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto), que combate difteria, tétano e coqueluche, para trabalhadores da saúde que atuam em serviços de saúde públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, com atendimento em ginecologia e obstetrícia; parto e pós-parto imediato, incluindo casas de parto; UTIs e UCIs, berçários (baixo, médio e alto risco) e pediatria.
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