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O Hoje: Goiânia vira atração do migrante

Reportagem do Jornal O Hoje desta segunda-feira (8), assinada pela jornalista Gracciella Barros, traz histórias de pessoas de outros estados, e até países, que escolheram Goiânia como lugar para viverem.

O crescimento econômico, aliado à qualidade de vida, fazem da capital do Estado a segunda cidade no país com maior saldo migratório, ou seja, mais pessoas se mudam para Goiânia do que deixam a cidade.

Leia a reportagem na íntegra, disponível no site do Jornal:

“Caminhos diversos levam a Goiânia

A busca por um casamento, uma decisão familiar, a esperança de um emprego ou mesmo um estudo melhor. Motivos distintos levam Goiânia a figurar como a segunda cidade brasileira com maior saldo migratório

Ao conhecer a goiana Kenia, há oito anos, o ex-atirador de elite da Marinha Americana Mcdoell Wolker não imaginou que sua vida mudaria completamente. Os dois moravam em Nova York, nos Estados Unidos, mas a brasileira estava de malas prontas para voltar a Goiânia, onde havia deixado toda a família. Não demorou para Mcdoell Wolker trocar os passeios no Central Park pelo que mais gosta de fazer: pescar em clubes. “Uma das condições para que ela se casasse comigo foi morarmos no Brasil. Deixei tudo para trás e casamos aqui mesmo”, afirma o norte-americano, que ainda não fala uma palavra em Português.

A vinda de Wolker para Goiânia não é considerada uma novidade na história da cidade, que tem como uma de suas principais características ser um centro atrativo de pessoas de cidades goianas menores, outros Estados, ou mesmo países.

A capital, desde sua gênese, nos anos 30, passou a ser composta por um amálgama de influências culturais diversas. A história de tais pessoas é apenas parte de um conglomerado que chega todos os dias à Capital goiana, que vive um momento único na história: o foco migratório ao Brasil, antes maior para Rio de Janeiro e São Paulo, agora destina-se a Brasília e Goiânia.

A supremacia das duas capitais localizadas no Cerrado foi evidenciada nos dados do Atlas do Censo Demográfico 2010, divulgado no último dia 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No levantamento, duas metrópoles têm os maiores saldos de fluxo migratório no território nacional. Em Goiânia, o aumento foi de 41,39%, de 1991 a 2000, com 90% de taxa de urbanização no Estado.

Professor do Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás (UFG), Denis Carvalho destaca que São Paulo e Rio de Janeiro não deixaram de receber migrantes, mas não são mais os focos principais, em função do crescimento econômico, critério normalmente acompanhado pela migração. “Em síntese, os centros urbanos que estão nos ‘eixos ativos da economia’, como informa o IBGE, são aqueles que mais recebem migrantes. Afinal de contas, toda expansão econômica, seja ela baseada em serviços ou atividades industriais, demanda mão-de-obra.”

No caso de Kenia e do norte-americano Mcdoell Wolker, o projeto traçado para ser realizado em Goiânia foi um sonho da mulher: uma escola para ensinar inglês. Hoje o casal tem duas unidades da escola New York English Learning Center, com seis professores americanos e recepcionistas que falam a língua fluentemente. “Apesar dele não falar Português, nunca tivemos problemas aqui em Goiânia, pois muita gente fala a língua”, afirma Kenia.

A escola de Mcdoell e Kenia atende funcionários de grandes empresas goianas, além de preparar estrangeiros para a vida acadêmica no Brasil. “Ensinamos inglês para 700 pessoas que trabalham na produção da dupla Jorge e Matheus para a gravação do DVD em Londres. Ninguém teve problemas com a migração inglesa ou em se comunicar por lá”, conta a mulher.

De acordo com Mcdoell, a contratação de professores norte-americanos é feita em Goiânia mesmo. “Colocamos anúncio no jornal e muitos profissionais nos procuram. Tem muito estrangeiro em Goiânia, por isso não temos dificuldade em achar professores americanos.” Nas horas vagas, o passa tempo preferencial é passar horas no Pesque-pague Lago Verde, na saída para Inhumas.

A vinda de estrangeiros para Goiânia não é novidade na história da cidade, atrativo de pessoas que por vezes buscam até fundar associações para preservar a cultura.

Em 1976 a família do nissei Akira Fado – da segunda geração de imigrantes japoneses – decidiu deixar São Paulo em direção a Goiânia, buscando ovas oportunidades de crescimento e melhores escolas, ao notar que a plantação de arroz da família estava estagnada.

“Em Goiânia, a família cresceu e nos adaptamos ao modo de vida mais tranquilo daqui. É tanto que desde que cheguei, nunca pensei em ir embora. Minha vida é aqui”, afirma o hoje médico, dr. Akira, que também é presidente da Associação Nipo Brasileira de Goiás (ANBG – kaikan).

Segundo Akira Fado, cerca de mil famílias de japoneses em Goiás participam das atividades do clube Kaikan. “O Kaikan é mais que um clube. Tentamos manter as tradições japonesas com festas, danças, comida típica, entre outras atrações”, explica.”

Wellington Borges

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