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Categorias: Blog do Marcley Matos
| Em 10 anos atrás

O Evangelho deve ser anunciado na pobreza, reitera Papa

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Francisco voltou a falar da Igreja como “hospital de campanha”, que precisa curar as feridas do coração e anunciar o Evangelho.

A homilia do Papa Francisco nesta quinta-feira, 5, voltou a se concentrar na imagem da Igreja como “hospital de campanha”. O Pontífice reiterou a necessidade da Igreja anunciar o Evangelho na “pobreza” e quem o anuncia deve ter como único objetivo aliviar as misérias dos mais pobres, sem nunca esquecer que este serviço é obra do Espírito Santo e não das forças humanas.

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Francisco explicou o que deve fazer um ministro de Cristo quando passa a curar os tantos “feridos” que aguardam nos corredores da Igreja “hospital de campanha”: curar, levantar, libertar, expulsar os demônios e depois reconhecer que foi um simples “operário do Reino”.

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O conceito estimado por Francisco retornou na homilia de hoje a partir do trecho do Evangelho do dia, em que Jesus envia os discípulos a rezar, curar os doentes e expulsar os espírito impuros.

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O olhar do Papa foi atraído pela descrição que Jesus faz do estilo de vida que seus discípulos enviados ao povo devem assumir: que sejam pessoas sem luxo, que não levem nem pão, nem sacola e nem dinheiro na cintura. Isso porque, conforme reiterou o Papa, o Evangelho deve ser anunciado na pobreza, porque a salvação não é uma “teologia da prosperidade”.

“Esta é a missão da Igreja: a Igreja que cura, que cuida. Algumas vezes eu falei da Igreja como de um hospital de campanha. É verdade: quantas feridas há, quantas feridas! Quanta gente que tem necessidade de que suas feridas sejam curadas! Esta é a missão da Igreja: curar as feridas do coração, abrir portas, libertar, dizer que Deus é bom, que Deus perdoa tudo, que Deus é pai, que Deus é terno, que Deus nos espera sempre”.

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Zelo apostólico, não empenho de ONG

Desviar a essência deste anúncio, segundo o Papa, é um risco de deturpar a missão da Igreja. A única coisa que realmente importa é levar Cristo aos pobres, aos cegos, aos prisioneiros.

O Papa reconheceu que é preciso pedir ajuda e fazer organizações que auxiliem nesta tarefa, mesmo porque Deus dá os dons para que isso aconteça. Mas quando se esquece essa missão, se esquece a pobreza e o zelo apostólico, colocando a esperança nesses meios.

“A Igreja lentamente escorrega em uma ONG e se torna uma bela organização: potente, mas não evangélica, porque falta aquele espírito, aquela pobreza, aquela força de curar”.

Trabalhadores do Reino

Francisco recordou que os discípulos ficam felizes com sua missão. Jesus os leva consigo para que descansem, mas não diz a eles que são grandes, e sim pede que eles se reconheçam como servos inúteis.

“Este é o apóstolo. E qual seria o elogio mais belo de um apóstolo? ‘É um operário do Reino, um trabalhador do Reino’. Este é o maior elogio, porque vai neste caminho do anúncio de Jesus: vai curar, proteger, proclamar este anúncio e este ano de graça. Fazer que o povo reencontre o Pai, fazer a paz nos corações do povo”.

 

(DA RADIO VATICANO)

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