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Categorias: Política
| Em 11 anos atrás

Novo ministro do STF defende “virar a página” do mensalão

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O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, disse nesta sexta-feira (7) que o país precisa superar a discussão sobre a Ação Penal 470, o processo do mensalão. Em seu entendimento, há outros assuntos relevantes no Supremo que merecem mais atenção.

“Eu não estou indo para o Supremo para julgar o mensalão. Se pudesse escolher, escolheria ir logo depois do julgamento. O STF discute inúmeras questões mais importantes para a vida das pessoas. Gostaria que o país virasse rapidamente essa página”, disse, em conversa com jornalistas nesta tarde. Barroso garantiu que a presidenta Dilma Rousseff “nem remotamente” tocou neste assunto nas conversas que tiveram antes de sua indicação.

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No final do ano passado, antes de ser indicado, Barroso disse em um artigo que o julgamento do mensalão foi “um ponto fora da curva” na história do Supremo, que endureceu sua jurisprudência. Hoje, questionado se tratava-se de uma crítica ao Supremo, ele disse que fez apenas uma análise “descritiva sobre um fato observável a olho nu”. Ele disse, ainda, que esta também é a opinião de outros ministros. “Uma coisa é comentário em texto acadêmico, outra é ter influência na liberdade ou não de uma pessoa”, ponderou.

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Barroso disse que não se sente impedido de julgar processos sobre os quais tenha se manifestado, exceto os em que atuou como advogado. “Sou de uma geração que enfrentou censura e tem opinião sobre quase tudo. Teria que me dar por impedido em milhares de processos”, disse.

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O futuro ministro também disse ser favorável “a uma redução relativamente drástica” do foro privilegiado, que delega aos tribunais o julgamento de determinadas autoridades. Segundo ele, as cortes não estão devidamente estruturadas para atuar na primeira fase dos processos penais, quando são reunidas provas e depoimentos. Por outro lado, defendeu “proteção institucional” de algumas autoridades muito visadas por órgãos de controle para evitar exageros.

Barroso disse que não é especialista em direito penal e que passará o mês julho, recesso no Supremo, estudando o processo do mensalão para participar do julgamento dos recursos. Ele confirmou que sua posse no cargo será no dia 26 de junho, a partir das 14h30.

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As informações são da Agência Brasil.

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